Será que Podemos Construir nossa Autoimagem?

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Há uma história sobre o grande artista Michelangelo. Claro que, como muito do que se conta sobre as grandes personalidades, nunca saberemos se de fato isso aconteceu, mas casos como esse continuarão servindo de tema para conselhos e mudanças internas. Dizem que Michelangelo estava trabalhando numa grande pedreira italiana e ficou radiante ao ver um bloco retangular de pedra, bruto e disforme. Tocou o bloco e “viu” a imagem de Moisés.

Depois de muitas horas de trabalho com a pedra, acertando, retirando, dando forma produziu sua grande obra de arte, talvez a maior delas: Moisés e os 10 Mandamentos. A maioria de nós precisaria de muita genialidade para ser como Michelangelo, mas podemos, facilmente, detectar o “grande bloco de pedra bruta” frente ao espelho e dar-lhe uma forma, e para isso, não precisamos de nada além da vontade e da imaginação. A autoimagem que fazemos de nós é quem guia a maioria de nossas ações.

Quem nunca se viu fraco como um rato, ou forte como um gigante diante das adversidades? E se fazemos esse juízo, autorizamos os outros a usarem os mesmos parâmetros, ou seja: se eu me vejo fraco, dou ao outro o poder de ser forte, e assim por diante. O processo de criação da escultura, no caso de Michelangelo, pressupôs que ele olhasse além do que estava vendo. A pedra não representava nada e o fato dela não ter nenhuma forma acabou facilitando a construção da estátua.

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No caso das pessoas, olhar profundamente e imaginar a forma ideal pode parecer um tanto difícil, e é! A certa altura da vida já estamos quase “prontos”. A família, a cultura, a sociedade, a escola, nossos amigos e os padrões vigentes trataram de nos moldar, pedaço a pedaço, em cada ângulo e isso tem o nome de imagem. Os outros nos vêem de uma forma que talvez não corresponda ao que realmente somos e se esse é seu caso, trate de mudar rapidamente! Se você está em busca de uma virada radical, aplique os princípios de Michelangelo e construa a sua imagem dentro que você quer. Comece, pensando nisso:

  • Concentre-se numa autoimagem forte;
  • Alie a imagem que idealizou à sua personalidade, numa parceria. Michelangelo via a pedra e dentro dela, Moisés. Nem um, nem outro poderiam existir separadamente;
  • Não perca a imagem de vista! O ego vai forçá-lo a voltar a sua forma inicial;
  • Sua imagem é sua amiga. Alia-se a ela;
  • Quando enfrentar situações desgastantes, imagine-se agindo conforme as diretrizes da imagem;
  • Trabalhe um pouco por dia. Michelangelo não fez Moisés em dois minutos e não adianta começar o processo de mudança e abandoná-lo ao longo do tempo;
  • Não entre em competição. Esculpir é uma fusão. Nem seu ego, nem sua imagem podem entrar em conflito;
  • Deixa que a imagem apareça, para isso, além do tempo para acostumar-se ao padrão, é preciso que não refreie seus novos impulsos.

Lembre-se sempre de que é somente você quem controla a imagem. Ouvir aos outros que também querem que você se molde e que estão, de um jeito ou de outro esculpindo seu comportamento, pode ser uma viagem sem volta.

No século passado isso acontecia inclusive com as questões físicas; quantos canhotos foram obrigados a seguir os “padrões” e nunca se acostumaram a escrever com a mão direita? Hoje, somos esculpidos pela moda, pela mídia, pelo gosto das celebridades, pelas músicas que tocam no rádio, pelos filme de Hollywood, mas quantos conseguem trabalhar em si mesmos? Falta apenas lembrar que os ícones que nos lideram conseguem isso, justamente porque são diferentes. E nós, a “boiada”, fazemos questão de repetir os padrões! Você é único. Aproveite esse fato e esculpa a personalidade que quiser.

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