Sambista e compositor Dicró morre aos 66 anos

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Mesmo doente, Dicró nunca perdeu o seu bom humor.

Nesta noite de quarta-feira (25), faleceu o sambista brasileiro Dicró, aos 66 anos. Ele passou mal na sua residência e foi levado imediatamente para o Hospital de Bagé, na Baixada Fluminense. Mesmo com o atendimento, Dicró sofreu um infarto e não resistiu.

Dicró passou mal depois de uma sessão de hemodiálise, tratamento que consiste em remover substâncias toxicas do sangue. Ele também reclamou de dores de cabeça antes de ser levado às pressas para o hospital. O sambista já vinha lutando contra os efeitos da diabetes e da insuficiência renal, fatores que contribuíram com o seu infarto.

O início do velório de Dicró está marcado para as 9h da manhã desta quinta-feira (26) e o enterro acontecerá por volta das 17h no Cemitério Jardim Saudade na cidade de Mesquita, na Baixada Fluminense.

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Sobre Dicró

Dicró teve uma carreira marcada por sambas satíricos.

Carlos Roberto de Oliveira, popularmente conhecido como Dicró, nasceu em 14 de fevereiro de 1946, em Mesquita no Rio de Janeiro. Filho de mãe de santo, ele cresceu em uma favela e sempre recebeu muitas influências do samba.

Tempo depois, Dicró integrou a ala de escolas de samba famosas, como Beija Flor de Nilópolis e Grande Rio. Sua carreira como sambista e compositor também conta com parcerias de sucesso.

Durante a década de 90, Dicró se encontrou com grandes nomes do samba, como Moreira da Silva e Bezerra da Silva. A união dos três sambistas resultou no álbum “Os 3 Malandros In Concert”, lançado em 1995.

Uma história curiosa de Dicró diz respeito ao seu apelido. Na verdade os sambas de Carlos Roberto de Oliveira eram impressos com as iniciais do nome, sendo CRO. Não demorou muito para que as produções começassem a ser chamadas de ‘De CRO’ e, mais tarde, se tornou Dicró.

Dicró apresentando o seu quadro no Fantástico em 2010.

Em 2010, Dicró assinou contrato com a Rede Globo para trabalhar na apresentação de um quadro do Fantástico. Ele conviveu com Zeca Camargo e Patrícia Poeta e seu quadro fez grande sucesso na época. Mas, o sambista já vinha enfrentando problemas de saúde.

Por causa de uma inflamação da vesícula, Dicrô foi internado em novembro de 2011 para fazer uma cirurgia. Ele teve uma boa recuperação no Hospital Estadual Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias e não demorou muito para receber alta. Porém, em seu último ano de vida, ele estava realizando tratamento de hemodiálise três vezes por semana.

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Entre os sambas mais conhecidos de Dicró, estão “A Vaca da Minha Sogra”, “Funeral do Ricardão”, “Olha a Rima”, “Botei Minha Nega no Seguro” “Os Sabores da Mulher” e “Melô da Galinha”.

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