Remédio Diabético Pode se Tornar um Grande Aliado ao Câncer

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Um remédio diabético pode se tornar um grande aliado na luta contra o câncer. A descoberta é de autoria dos pesquisadores e oncologistas José Barreto Campello Carvalheira e Guilherme Zweig Rocha, do Laboratório de Oncologia Molecular da Faculdade de Ciências Médicas (FCM) Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Isso coloca o Brasil em destaque no que se refere ao conhecimento científico. A ciência caminha a passos largos rumo à cura de uma das doenças mais temidas da humanidade.

A descoberta do remédio diabético que pode ajudar na luta contra o câncer foi possível a partir da percepção dos estudiosos em que eles notaram um denominador comum entre aquela doença e o diabetes tipo 2, a obesidade. O estudo foi divulgado na revista norte-americana Clinical Cancer Research.

O excesso de gordura e o câncer constituem uma relação que pode ser evitada. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) afirma que há fatores que podem evitar a doença e a obesidade é a segunda na possibilidade de desenvolvimento dos tumores. No diabetes, o mesmo acontece: aqueles que estão com muitos quilos a mais têm três vezes mais risco de desenvolverem diabetes do que indivíduos com peso normal.

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Partindo do princípio em comum entre as duas moléstias, essa questão começou a se intensificar cada vez mais na mente dos pesquisadores, o que se tornou então um norte para os estudos. Assim, foram olhar mais atentos para o remédio indicado para diabéticos, cuja base é a metformina, que pode diminuir os níveis de colesterol ruim e triglicérides e é ele agora considerado o grande aliado na luta contra o câncer.

Os cientistas sabiam que ao entrar na célula, a tal substância ativava uma determinada proteína responsável pela proliferação das células, dessa forma, pensaram que seria preciso ter um quimioterápico com efeitos nessa mesma proteína. O que ocorreu foi a associação de drogas e o resultado maravilhoso.

O bendito remédio fez parte de uma análise que ligou a metformina, a principal substância usada no tratamento do diabetes tipo 2, ao quimioterápico paclitaxel, utilizado em portadores de câncer de mama e pulmão. Dessa forma, foi percebido que o crescimento do tumor estagnou-se em estudo realizado in vitro em cobaias.

Os estudiosos sugeririam então que a união de paclitaxel e metformina resulta em minimização do desenvolvimento, crescimento, proliferação e diferenciação das células, assim, pode ser um caminho muito positivo e proveitoso para o tratamento contra uma doença que há muitos anos faz a sociedade acadêmica correr atrás da sua cura: o câncer.

Os pesquisadores ganharam Prêmio Octavio Frias de Oliveira de Personalidade de Pesquisa em Oncologia, no valor de R$ 8 mil reais, além de um certificado. A iniciativa, ocorreu em parceria com o Grupo Folha, com a intenção de fomentar as pesquisas relativas ao câncer. O Prêmio foi dado em dois grupos: Personalidade de Destaque e Pesquisa em Oncologia.

Pesquisas e mais pesquisas sobre remédio contra o câncer devem ser conhecidas cada vez mais por toda a sociedade, já que muitos cientistas recebem dinheiro público por isso, portanto, nada mais justo que todos ficarem a par das novidades do mundo da ciência, ainda mais se tratando de saúde, descobertas ainda incipientes.

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