Quando a Superproteção Influencia Negativamente os seus Filhos

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Proteger o próprio filho é um instinto inato de toda mãe. É um ato louvável e aclamado quando pensamos em família e especialmente em maternidade, porém o que acontece quando este ato é levado até as últimas consequências?

Na ficção tivemos um exemplo irrepreensível de quais podem ser os resultados. Em Insensato Coração, novela das 21h que terminou sexta-feira, dia 19 tivemos a relação entre Wanda (Natália do Vale) e Léo (Gabriel Braga Nunes), que a cada novo capítulo ganhava contornos de obsessão. O que parecia ser algo a respeito da velha discussão sobre preferência familiar e rixas entre irmãos acabou se tornando uma relação cega e doentia entre mãe e filho. Mãe de dois filhos, Wanda nunca escondeu a preferência por seu primogênito, superprotegendo-o de forma deturpada de absolutamente tudo e todos o que a longo prazo fez com que a história tomasse os rumos de um verdadeiro desastre.

A superproteção na ficção:

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No último capítulo da trama, foi revelado ao público que Wanda chegou ao extremo para proteger Léo. Se até o último capítulo havia a fé cega na inocência de seu filho e a certeza de que todos estavam cometendo uma grande injustiça, sua obsessão tornou-se concreta no momento em que ela pressionou o gatilho.

Ela foi a responsável pelo assassinato de Norma (Glória Pires). Tudo isso com o propósito de livrar o seu filho da vingança da ex-detenta, que tinha Léo em suas mãos com provas de grande parte de seus crimes. Entre estes crimes havia extorsão, roubo, homicídio e tentativa de homicídio além ainda de outros fatos conhecidos que faziam de Leonardo um personagem pouco digno de confiança.

A superproteção na vida real:

Extremo típico de ficção? Talvez sim, mas a verdade é que a superproteção está longe de ser algo benéfico para seus filhos. Tudo bem proteger: isso é o que uma criança ou um adolescente espera de sua família, é justamente o que acontece quando existe afeto. O problema é quando não existe limite para ambos os lados.

Léo teve uma defensora nata, independente de qualquer crime ou ato monstruoso, transformando sua vilania em uma obra com coautora. Uma mãe que, desde a infância de seus filhos, considerava qualquer tipo de reprimenda como sendo uma injustiça e qualquer castigo como se fosse uma teoria da conspiração. Um claro exemplo de criação que muito pouco teve de educação ou de pedagogia.

A arte de educar e os benefícios de impor limites:

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Educar também envolve dizer e ouvir o “não”. Significa ensinar que para cada ato existe uma consequência e para cada regra quebrada, uma punição. Significa mostrar que o mundo não gira ao seu próprio redor. Por mais duro que pareça, aquela negativa ou aquela bronca que parece ser tão difícil de pronunciar também é um ato de proteção e, quem diria, um ato de amor.

É preciso entender que o excesso é prejudicial em todos os sentidos, inclusive o amor sem limites. Educar envolve muito mais do que o instinto de proteção, mas também a dura missão de impor limites. Se nós criamos filhos para o mundo e para a vida, é importante saber que nem sempre eles poderão estar debaixo de nossas asas.

Se amar significa querer fazer o melhor por alguém, que tal criar nossos filhos para serem pessoas melhores e honradas? Educar para a vida é a maior prova de amor que existe, lembre-se disso.

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