PRP: novo método corta dor e acelera a cicatrização

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Especialistas em ortopedia estão empregando com sucesso um método que usa o plasma sanguíneo repleto em plaquetas do próprio paciente para antecipar a cicatrização de lesões em músculos e tendões.

(Imagem: Foto divulgação)

Chamado de PRP, o método que usa o plasma repleto em plaquetas ainda não é usado comumente nos hospitais e nos centros de ortopedia, porém deve se tornar um consenso até dezembro deste ano.

O médico coleta entre 30 ml e 50 ml do líquido, que em seguida é filtrado e centrifugado para afastar as plaquetas as demais células. As plaquetas são repletas de proteínas chamadas fatores de crescimento, as quais aceleram a dissipação do tecido.

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Como as lesões de tendão demoram a cicatrizar, os especialistas acreditam que a aplicação do PRP diretamente na lesão anteciparia esse processo.

No Brasil, até o momento foram realizadas poucas pesquisas sobre essa técnica. Uma análise acaba de ser finalizada pelo ortopedista Adriano Marques de Almeida, do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clínicas. Durante seis meses, o ortopedista avaliou a evolução cirúrgica de 27 atletas que estavam com lesões de ligamento do joelho.

Na cirurgia tradicional, o médico extrai um pedaço de enxerto do tendão do joelho e reconstrói o ligamento com lesões. Devido a falta da contribuição do sangue, o local de onde foi extraído o enxerto leva de um a dois anos para cicatrizar, e muitas vezes não cicatriza perfeitamente.

No método do PRP, o médico aplica o gel com o plasma repleto em plaquetas do próprio paciente no local de onde foi extraído o enxerto. Desse modo, a ideia é que o local cicatrize de maneira mais rápida.

Dos 27 atletas avaliados, 12 receberam o PRP e 15 eram o grupo de controle. No final do andamento, o médico percebeu que a cicatrização dos pacientes tratados com a nova técnica estava 50% maior que nos casos controle.

Além disso, de acordo com Almeida, no pós-operatório, os pacientes tratados com o RPR descreveram 3,8 pontos na escala de dor, enquanto que no grupo de controle a escala ficou em torno de 5,1.

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“Não há efeito colateral, porque usamos sangue do próprio paciente. A cicatrização mais rápida diminuiu o tempo de recuperação e reduziu a dor do paciente. É possível que esses pacientes estejam totalmente cicatrizados em um ano”, avalia Almeida. Ele diz que a ideia é desenvolver o uso desse método e torná-lo frequente no Hospital das Clínicas.

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