Primeiro transplante de rosto feito no mundo – Transplante de face

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Connie Culp

O primeiro transplante de rosto que obteve sucesso foi feito nos EUA com Connie Culp, uma americana de 46 anos cuja face foi destruída por um tiro disparado pelo próprio marido.

Apesar de ser um procedimento que visa ajudar o retorno dessas pessoas a vida social, quem faz o transplante de rosto vai enfrentar dificuldades para controlar a rejeição durante o resto da vida, mas todos que passaram por esse procedimento cirúrgico declararam que vale a pena. Para esses pacientes o novo rosto é a única forma de voltar a se alimentar normalmente, de conseguir falar e até mesmo se relacionar publicamente sem provocar espanto nas pessoas.

O caso da americana Connie é emblemático. Após ser baleada no ano de 2004, ela só conseguiu voltar a comer alimentos sólidos como pizza, hambúrguer e frango, no último mês de janeiro.

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O procedimento que foi realizado na cidade de Ohio, envolveu, além da face de uma pessoa morta não-identificada, o transplante do osso do nariz e partes da arcada dentária superior, destroçadas pelo tiro.

Como é feito o transplante de face:
Primeiro passo, como qualquer outro transplante, é encontrar um doador.

Depois os médicos fazem um corte cuidadoso no rosto do doador morto, numa linha que passa pouco abaixo do cabelo e das orelhas, e em volta do queixo.

Segundo passo é o transplante. O rosto transplantado inclui uma camada de pele, sob a qual há um fino tecido adiposo (de gordura) e muscular, além de nervos e vasos. Quatro artérias e quatro veias precisam ser “religadas”.

O resultado do transplante é uma espécie de mistura entre as duas feições, pois se combinam os traços do doador com a estrutura óssea e muscular do paciente.

A pessoa que passou por esse procedimento terá que tomar drogas contra a rejeição pelo resto da vida, além de necessitar de acompanhamento psicológico.

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As sensações naturais de frio e calor e a sensibilidade ao toque suave retornam ao rosto transplantado após seis meses. A recuperação dos movimentos é ainda mais demorada e vagarosa.

A necessidade de tomar medicamentos que diminuem a atividade do sistema de defesa do organismo, como uma forma de convencer o corpo a aceitar o rosto estranho, significa que o paciente ficará bastante vulnerável a infecções ao longo de toda a sua vida. Também não podemos deixar de citar o problema psicológico de se acostumar com a nova face, já que a mesma é uma mistura de feições do paciente e do doador.

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