PF desmonta esquema de venda de aves silvestres para rinha

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A quadrilha faturava cerca de R$ 30 milhões (Foto: Divulgação)

Em operação conjunta da Policia Federal, em oito estados brasileiros, mais o Distrito Federal, foi desmontado o esquema de comércio de aves silvestres e exóticas na manhã dessa segunda-feira, 2 de abril. De acordo com as investigações, as quadrilhas chegavam a movimentar cerca de R$ 30 milhões.

A operação denominada Estalo, deve cumprir dois mandados de prisão temporária, 20 de busca e prisão preventiva, 33 somente de busca e apreensão, além de conduzir mais sete pessoas, supostamente envolvidas no esquema, para a delegacia. Os estados envolvidos no desdobramento das investigações são: São Paulo, Pernambuco, Mato Grosso do Sul, Ceará, Amazonas, Minas Gerais, Santa Catarina, Roraima, além do Distrito Federal. As investigações e apurações do caso vêm sendo acompanhada de perto, desde o começo, pelo Ministério Público Federal em Pernambuco.

Segundo a investigação, a maior parte dos pássaros apreendidos tem como habitat natural as selvas do Equador, Peru e Venezuela. O contrabando visa, principalmente, abastecer os criadores de canário, que promovem as chamadas rinhas.As aves são adquiridas em seus país de origem por  valores que variam entre R$ 12 e R$ 15, sendo que são comercializadas no atacado por preços de R$ 130 a R$ 220. Por fim, chegam no mercado interno, onde são adquiridas por revendedores locais a preços que variam entre R$ 200 e R$ 300.

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Os canários eram comercializados para rinhas (Foto: Divulgação)

Depois que o canário é treinado para brigar, o valor muda, podendo chegar a R$ 100 mil, de acordo com as habilidades do animal. De acordo com a Polícia Federal, o custo da abe é determinada de acordo com a expectativa de lucro por luta por meio das apostas, que podem chegar a R$ 50 mil. Somente em 2012 houveram mais de 12 mil pássaros canários apreendidos nas rodovias e aeroportos dos Estados do Mato Grosso do Sul, Goiás, São Paulo, Distrito Federal, Pernambuco, Ceará e Amazonas.

Para burlar a fiscalização muitos dos investigadores fraudavam as anilhas, que são instrumentos de controle e identificação dos animais, pois eles se identificavam por criadores amadores. Todos os envolvidos na fraude serão indiciados por formação de quadrilha ou descaminho, falsificação de selo ou sinal público, receptação qualificada, peculato e corrupção ativa.

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