Pessoas que praticam atividades físicas regularmente recebem salários entre 6% e 9% maiores do que aquelas que não praticam nenhuma atividade, segundo um estudo publicado no Journal of Labor Research.
Foram analisados questionários de 12 mil pessoas com questões sobre salários e sobre a quantidade de exercícios que elas exerciam. A análise apontou que aqueles que praticam exercícios como nadar, correr ou mesmo erguer pesos pelo menos três vezes por semana apresentavam salários até 9% maiores do que aqueles que não praticavam.
Mesmo para aqueles que se exercitavam com menos assiduidade, entre uma e três vezes por mês, o levantamento apontou uma diferença de 5% na média dos salários.
Produtividade e saúde
A pesquisa, considera que as atividades regularas podem ocasionar um impacto sobre a produtividade e a saúde do profissional.
“É amplamente sabido que o exercício regular tem um impacto positivo no bem-estar. Além dos impactos positivos sobre a saúde cardíaca, sobre o peso e uma variedade de outras questões médicas, estudos na literatura médica mostram que os exercícios levam a uma melhor função mental, condição psicológica e maior nível de energia”, adverte Vasilios Kosteas, autor do estudo e economista da Universidade Estadual de Cleveland, em Ohio, nos Estados Unidos,
“Todos esses três traços podem ser traduzidos em maiores ganhos ao aumentar a produtividade. Além do efeito direto, o exercício pode ter um impacto sobre o mercado de trabalho ao servir de sinal a potenciais empregadores de que o indivíduo é dedicado e disciplinado”, complementa.
Em sua conclusão, o especialista explica que muitas pesquisas já foram realizadas sobre as razões e consequências econômicas da obesidade ou da prática de atividades físicas, mas pouco se examinou com relação as decorrências das atividades sobre o mercado de trabalho.
“Estabelecer se essa ligação existe é uma parte importante na compreensão dos efeitos mais amplos da atividade física regular”, conclui.
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