Pessoas que dormem mal podem apresentar Alzheimer futuramente

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Imagem: (Foto Divulgação)

Uma análise dirigida pela Universidade de Washington, revela que a quantidade e a qualidade do sono, podem danificar a memória e acarretar doença de Alzheimer futuramente. O estudo será divulgado em abril, durante a reunião anual da Academia Americana de Neurologia.

“O sono irregular parece estar associado ao acúmulo de placas amiloides – um marcador que é característico da doença de Alzheimer – nos cérebros de pessoas sem problemas de memória”, disse o autor da pesquisa, Yo-El Ju. “Mais pesquisas são necessárias para determinar por que isso está acontecendo e se as alterações do sono podem prever o declínio cognitivo”, afirmou.

No total, foram acompanhados 100 indivíduos com idades entre 45 e 80 anos, que não apresentavam o Alzheimer. Metade dos participantes descreveram ter histórico da doença na família. Para análise, eles usaram um aparelho para medir o sono, realizaram diários de sono e responderam alguns questionários.

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Foi descoberto que 25% dos indivíduos apresentavam placas amiloides, uma substância que causa a morte da células cerebrais e que pode aparecer alguns anos antes do surgimento da doença. Segundo as decorrências, os indivíduos passavam cerca de oito horas deitados, mas o tempo médio de duração de sono era apenas de 6,5 horas.

Os autores notaram que, aqueles que acordaram mais de cinco vezes por hora eram mais predispostos a ter o acúmulo da placa amilóide em relação à aqueles que não acordaram tanto ao longo da noite. Já os indivíduos que dormiram melhor, eram menos predispostos a desenvolver os marcadores da doença.

“A associação entre o sono interrompido e placas amilóides é intrigante, mas não é possível determinar uma relação de causa e efeito a partir deste estudo. Para isso, precisamos de mais estudos que sigam o sono dos indivíduos ao longo dos anos. Somente assim poderemos determinar se o sono interrompido leva a placas amilóides ou se as alterações cerebrais na doença de Alzheimer precoce levam a alterações do sono”, disse Ju. “Nosso estudo estabelece as bases para investigar se a manipulação de sono é uma possível estratégia na prevenção da doença de Alzheimer.”

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