Pesquisa indica que RJ manipulou índice de homicídios

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Segundo um estudo feito pelo economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Rio de Janeiro teria manipulado o índice de homicídios no estado, desde o início do governo de Sérgio Cabral (PMDB), em 2007. As estatísticas levantadas apontam que criminalidade é maior do que a apresentada.

Os números oficiais mostram uma diminuição de 28,7% nos assassinatos, no período entre 2007 e 2009, entretanto,  a pesquisa de Cerqueira, indica que o RJ pode ter ocultado essas mortes na taxa de mortes com causa externa indeterminada, não distinguindo entre homicídio, suicídio e acidente. Os óbitos externos obtiveram uma elevação de 1.857, entre 2000 a 2006, para 4.021, entre 2007 e 2009.

O estudo aponta características que possibilitam encontrar as diferenças entre vítimas de homicídio e das de suicídio e acidentes. Os assassinatos são constituídos, na maioria, por jovens, com cerca de 20 anos, que não concluíram todo o estudo, negros ou pardos, e 80% são mortos por tiros nas ruas. Já quem se mata, o suicida, apresenta em torno de 45 anos, é branco e morre em casa enforcado. Os acidentes violentos envolvem, na maioria, idosos de 75 a 80 anos, com baixa escolaridade. A resposta surge quando se nota que nas mortes catalogadas como “causa indeterminada” no Rio, a maior parte é jovem,  morto na rua e vítima de tiros, o que se encaixa perfeitamente na categoria assassinatos, indicando o indício de manipulação.

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Nos últimos três anos, cresceu para 263% o índice de vítimas mortas por balas de fogo, consideradas causa da morte indeterminada. Só em 2009, o Instituto Médico-Legal deixou de apontar a causa do óbito de 2.797 pessoas.

A pesquisa “Mortes violentas não esclarecidas e impunidade do Rio de Janeiro”, de Cerqueira, foi divulgada no site do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

O Instituto de Segurança Pública, responsável por anunciar os índices, ainda não se pronunciou. A Polícia Civil disse que lançaria uma nota ainda hoje (25).

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