Pesquisa aponta que desenvolvimento de stress pós-traumático pode ser genético

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Situações de violência desenvolvem o stress pós-traumático (Foto: Divulgação)

Pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Los Angeles, nos Estados Unidos, descobriram que pessoas que desenvolvem stress pós-traumático podem ter tendências genéticas para tal fato. O estudo será publicado nessa terça-feira, 03 de abril, no Journal off Affective Disorders. No levantamento foram identificados dois genes envolvidos na produção de serotonina. De acordo com a pesquisa, esse item está relacionado diretamente com os riscos da pessoa desenvolver a doença.

O stress pós-traumático aparece após o indivíduo ser exposto a uma situação de violência, como por exemplo, guerras, ataques terrorista, agressão física, ou até mesmo desastres naturais, como aconteceu com algumas vítimas do tsunami, que aconteceu no Japão. No entanto, não são todos que passam por esse tipo de situação que desenvolvem a doença, e o motivo pode ser os seus genes.

Vítimas de assalto podem ter stress pós-traumático (Foto: Divulgação)

No estudo foi analisado o DNA de 200 adultos, com idades diferentes de 12 famílias numerosas. Todas as pessoas participantes haviam apresentado sintomas de stress pós-traumático depois de sobreviverem a um terremoto de graves consequências na Armênia, em 1988.

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Os pesquisadores chegaram a conclusão de que as pessoas que apresentavam uma variação nos genes TPH1 e TPH2 tinham maiores chances de desenvolver a doença. De acordo com o estudo, esses genes controlam a produção de serotonina, uma substância química produzida no cérebro que auxilia a regulação do humor, do sono e da capacidade de atenção (funções que ficam comprometidas com o stress pós-traumático).

O stress pós-traumático pode ser diagnosticado por uma análise clinica (Foto: Divulgação)

Segundo os pesquisadores que participaram do levantamento, essa descoberta pode ajudar os neurocientistas a classificar o distúrbio apenas por meio da identificação desses genes e não tendo a observação clínica como fator fundamental e determinante. O próximo passo da pesquisa é estudar uma população mais ampla, que possa apresentar mais variantes nos resultados, ou simplesmente confirmar os índices do estudo anterior.

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