Nos últimos dias, as ruas, praças e parques de algumas das principais cidades do Brasil têm sido tomadas por verdadeiras multidões, que fazem protestos contra a corrupção, o péssimo serviço de transporte público oferecido, as precárias condições de saúde em todo o país e contra os gastos bilionários com a construção e reforma de estádios para a Copa do Mundo, entre outras reivindicações.
Organizadas inicialmente pelo Movimento Passe Livre de São Paulo, que luta, entre outras coisas, contra o aumento dos preços das passagens na capital paulista e pela tarifa zero no transporte público, e também com o uso maciço das redes sociais, as manifestações têm sido marcadas pela grande presença de jovens e estudantes e pela ausência de liderança.
Algo que também chama a atenção nos protestos é uma certa ausência dos partidos políticos, pelo menos de forma direta, tanto é que sempre que eles têm alguma bandeira levantada no meio da multidão, são prontamente rejeitados pelos manifestantes, aos gritos de “Sem partido”.
No entanto, apesar do pedido dos participantes para que eles fiquem fora das manifestações, já há vários partidos políticos que tentam aproveitar os protestos e pegar uma carona nas passeatas, de olho principalmente nas eleições 2014.
PSTU
Um dos partidos que mais têm tentado se misturar aos protestos é o PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificados), que já teve bandeiras levantadas por militantes em algumas cidades, sendo tomadas e queimadas pelos manifestantes logo em seguida, rendendo muitas discussões.
PSOL
O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) é outro partido que tem participado das manifestações em todo o Brasil, porém, sem levantar bandeiras em meio à multidão. Vereadores e deputados que defendem a sigla têm se misturado às passeatas, esperando a abertura de brechas para a participação direta dos partidos políticos.
Outros partidos que tentam se aproveitar dos protestos
Com pretensões de lançar Eduardo Campos, governador de Pernambuco, como candidato à presidência em 2014, o PSB (Partido Socialista Brasileiro) é outro partido que tem participado de forma discreta dos protestos, com a ala jovem da sigla indo às ruas sem levar bandeiras.
Já o PSDB (Partido da Social Democracia Brasileira), principal opositor do governo federal, tem se mantido um pouco distante dos protestos, por acreditar que, nas manifestações de São Paulo, há a intenção de enfraquecer o governador Geraldo Alckmim, que pertence ao partido.
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