Operação contrabando apreende 29 policias no Paraná

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(Imagem: Foto divulgação)

Ao menos 29 dos 43 policiais denunciados de cobrar propina para liberar veículos com mercadorias contrabandeadas do Paraguai foram presos pela PF (Polícia Federal) nesta quinta-feira (17), no Paraná e mais em cinco estados durante a Operação Láparos. A operação liderada por 560 agentes da PF, também resultou na prisão de cerca de 40 contrabanditas conectados a 16 quadrilhas, a maior parte responsável pelo transporte ilegal de cigarro do Paraguai para o Brasil.

No total foram enviados 108 decretos de prisão e 150 de busca e apreensão pela Justiça Federal em Guaíra e Umuarama. Entre os decretos enviados, 13 eram para a retenção de policias civis, 29 militares e um policial rodoviário federal.

Segundo o último balanço da operação, publicado por volta das 18h, 14 policiais permaneciam foragidos. Das 69 capturas, 36 aconteceram em Guaíra, 17 em Cascavel, 8 em Maringá, cinco em Londrina e três em Foz do Iguaçu.

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De acordo com as investigações da PF, as quais persistiram por 14 meses, os policiais ligados as quadrilhas atuavam em rodovias, estradas rurais e vias secundárias das regiões Noroeste, Norte e Oeste do Paraná. Os veículos eram liberados principalmente com cigarros e agrotóxicos, durante e fora do horário de expediente. “Eles aproveitavam o movimento de contrabando na região para solicitar vantagens indevidas”, explicou o delegado responsável pelas investigações, Fábio Tamura.

Além disso, os policiais também repassavam aos contrabandistas informações sobre eventuais ações da PF para restringir o contrabando, prejudicando o trabalho da operação, de acordo com Tamura. A maioria dos policiais apreendidos trabalhava nas cidades de Assis Chateaubriand, no Oeste do Paraná. De acordo com o delegado, alguns policiais recebiam propina mensal e outros embolsavam a cada  carga liberada. A polícia não divulgou o valor cobrado. Os veículos utilizados a cada quadrilha eram obtidos em nomes de laranjas que enganavam contratos.

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