DNA pode sofrer alterações de acordo com as condições socioeconômicas

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A condição socioeconômica na infância pelo o que tudo indica possui papel biologicamente fundamental no desenvolvimento de um indivíduo. Um grupo de pesquisadores das universidades McGill e British Columbia no Canadá e da Entidade de Saúde Infantil na Inglaterra avaliou seu papel na chamada metilação dos genes em uma matéria divulgada atualmente na Revista Internacional de Epidemiologia.

A metilação é um método que define como o DNA deve ser combinado e lido por diversos órgãos do corpo, cérebro a coração, passando pelo fígado. Os especialistas chegaram à conclusão que existe sim uma conexão entre os dois acontecimentos. “Ficamos surpresos que o status socioeconômico tivesse tanto impacto na metilação do DNA”, afirmou  Moshe Szyf, um dos autores da pesquisa, da Universidade McGill.

Os cientistas examinaram o DNA de 40 pessoas com idade de 45 anos os quais vêm sendo acompanhadas desde que nasceram. Eles optaram por aquelas que apresentaram um nível socioeconômico muito alto ou baixo na vida adulta ou na infância.

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O resultado indicou que havia uma variação muito grande na metilação entre os níveis socioeconômico na vida adulta e na infância. “Essa pesquisa estabelece uma relação entre fatores econômicos e a química do DNA. Ela provê um racional a nível molecular de porque processos econômicos e sociais têm tanto impacto em nossa saúde. Esperamos que ele inspire mais cientistas sociais a se interessarem por biologia e mais biólogos e médicos se interessem por estudos sociais”, afirmou Szyf.

Hoje em dia, sabe-se que doenças como diabetes e doenças respiratórias podem ser desenvolvidas na infância. No momento, a questão é ligar as duas pontas. Ou seja: Encontrar variações de metilação estão coligadas com quais doenças.

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