O caso de Rehtaeh Parsons: entenda

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O nome de Rehtaeh Parsons foi envolvido peças publicitárias do Facebook. O problema é que a adolescente de 17 anos cometeu suicídio por sofrer bullying virtual. Depois de chover reclamações sobre o assunto, o Facebook se desculpou sobre o caso e encaminhou nota a imprensa.

Facebook pede desculpas pelo uso de imagem de garota que se matou em abril para anunciar site de relacionamento (Foto: Divulgação)

Imagem de Rehtaeh Parsons era usada para a promoção de páginas de encontros do Facebook

A foto de Rehtaeh Parsons era usada pelo Facebook para a promoção de uma página de encontros chamada ionechat.com. A imagem foi publicada ao lado da frase: “Conheça as meninas e mulheres canadenses para amizade, namoro ou relacionamentos”. Acima da foto da garota: “Encontre amor no Canadá!”.

“Este foi um exemplo extremamente infeliz de um anunciante utilizando uma imagem da internet para sua campanha. É uma violação clara de nossa política de publicidade e removemos o anúncio permanentemente da conta do anunciante. Nos desculpamos por qualquer dano que essa situação tenha causado”, declarou o Facebook no comunicado oficial sobre o caso.

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Rehtaeh morreu em abril desse ano (Foto: Divulgação)

Dono do site de encontros pegou imagem de Rehtaeh Parsons na internet

O vietnamita Anh Dung é o proprietário do site ionechat.com. A peça publicitária com a foto da jovem morta foi uma coincidência, já que ele pegou a imagem no Google e não conhecia a história da moça. A jovem morreu em abril deste ano. Ela morava na Nova Escócia, uma das províncias do Canadá, e cometeu suicídio depois que virou alvo de bullying por meses após ter sido violentada.

De acordo com familiares de Rehtaeh Parsons, em 2011, a jovem abusou do consumo de álcool em uma festa e aproveitaram da situação para violenta-la. Quatro garotos jovens cometeram violência sexual contra a moça, sendo que dois deles já tinham namorado ela.

Para agravar ainda mais a situação, um dos meninos fotografou a menina nua e em uma situação deplorável. A imagem passou a circular na internet e nunca mais a jovem teve paz. Não suportando mais passar pela humilhação de ver sua imagem exposta, a menina cometeu suicídio.

“Após o trágico suicídio de Rehtaeh Parsons, em abril, os governos federal, provinciais e territoriais concordaram, por unanimidade, acelerar a revisão de nossas leis que cercam o cyberbullying”, afirmou em julho o ministro da Justiça, Peter MacKay.

O governo da Nova Escócia aprovou uma lei que permite às pessoas processarem indivíduos que estejam importunando seus filhos ou buscar proteção da Justiça caso sejam alvos do chamado ciberbullying. Isso aconteceu depois da repercussão do caso da garota.

 

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