MEC decide anular nota de estudantes da escola que antecipou questões do Enem

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O Ministério da Educação anunciou, na tarde de hoje (26), que os estudantes do Colégio Christus, de Fortaleza, que fizeram o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), terão suas notas anuladas.

A decisão acontece após o MEC ter constatado que a escola distribuiu apostilas, com dez questões iguais e uma similar as que constavam nas provas aplicadas no sábado (22) e domingo (23), três semanas antes ao exame, para estudos em aulas preparativas. A decisão de anular as provas foram atribuídas as justificativas do colégio, divulgadas em nota, de que as questões teriam saído de seu próprio banco de dados.

A decisão afeta 639 estudantes, que poderão fazer novamente a prova nos dias 28 e 29 de novembro, quando o Enem será aplicado originalmente a pessoas submetidas a sentenças de privação de liberdade e adolescentes que estejam cumprindo medida socioeducativa.

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Além do banco de dados, o colégio afirmou também que existe um pré-teste de questões utilizadas no exame, de forma que estas podem cair em domínio público, antes da data oficial do Enem.

A respeito da justificativa do colégio Christus, o MEC afirmou que, embora alunos da instituição tenham participado do pré-teste, para seleção de questões que poderiam fazer parte da prova, nenhuma escola poderia se apoderar de tais questões, visto que após os simulados, as provas realizadas pelos alunos são incineradas.

O MEC declarou que as questões que aparecem na apostila e constam nas provas não serão canceladas. Declarou também que as penas e sanções a instituição educacional e proprietários dependerão do que for concluído, pelas investigações da polícia federal. Caso houver responsabilidade determinada, o Inep (autarquia organizadora do exame) poderá processá-los civil e criminalmente.

O problema

A polêmica começou na terça-feira (25) quando um estudante postou no Facebook fotos de cadernos de questões distribuídas pelo colégio em questão e afirmou haver, pelo menos, 11 questões idênticas a da prova. Dois outros alunos confirmaram também terem recebido o material.

Diante da polêmica, o Ministério Público do Ceará declarou que encaminhará ao MEC a recomendação de anular o exame em todo o país. Por sua vez, o MEC acionou a Polícia Federal para investigar o caso na tarde de hoje (26), mas afirmou não considerar que tenha ocorrido vazamento da prova.

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