Mastectomia preventiva: vantagens e desvantagens

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A revelação da atriz Angelina Jolie, que realizou uma mastectomia dupla preventiva, tem gerado muita polêmica nos últimos dias. A atriz removeu os dois seios com o intuito de diminuir o risco de desenvolver um câncer de mama no futuro. Saiba mais sobre o assunto e confira as vantagens e desvantagens da mastectomia preventiva.

A atriz Angelina Jolie realizou cirurgia de mastectomia preventiva. (Foto: divulgação)

Angelina Jolie fez mastectomia preventiva

A atriz não está com câncer, mas se submeteu à cirurgia após realizar um teste genético que indica que ela carrega um gene defeituoso, o BRCA1. Esse gene aumenta as chances do desenvolvimento de um câncer de mama ou de ovári.

Angelina decidiu fazer o teste para saber se tinha o gene porque possui histórico familiar de câncer de mama. Sua mãe faleceu aos 56 anos, após lutar dez anos contra a doença. O caso tem gerado muita polêmica e a principal dúvida que surge é se a retirada total dos seios é uma escolha saudável ou não.

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A reconstrução das mamas é feita por prótese de silicone. (Foto: divulgação)

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Mastectomia preventiva

A mastectomia preventiva é uma tendência que surgiu em meados dos anos 90, quando foi descoberta a mutação dos genes BRCA 1 e BRCA 2 que apresentava forte relação com o câncer de mama.

Os genes causam defeito em uma proteína supressora de tumores, tornando as pessoas mais suscetíveis ao seu desenvolvimento. A verdade é que basta ser do sexo feminino e viver até os 80 anos para ter 10% de chance de desenvolver a doença.

Atualmente, as mulheres que apresentam alterações genéticas, como é o caso da atriz Angelina Jolie, tem probabilidade de 87% de chance de desenvolver a doença. Para analisar a presença desses genes defeituosos, bastar fazer um teste genético simples, com amostra de saliva ou sangue.

Reconstrução mamaria

Segundo alguns médico, para quem apresenta essa carga de genes que podem provocar a doença, o ideal é cortar o mal pela raiz. Afinal, a mastectomia é eficaz em 92% dos casos. Isso significa que somente 8 a cada 100 mulheres que retiram as mamas apresentam câncer mais tarde.

As cirurgias de reconstrução estão cada dia mais avançadas e atualmente a pele, os mamilos e as aréolas podem ser preservados na maioria dos casos. E o mais importante é que o risco de ter câncer de mama cai de 87% para 5%. Ou seja, após a cirurgia, quem carrega o gene defeituoso tem menor chance de ter um tumor de mama.

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Vantagens e desvantagens da mastectomia preventiva

Os médicos sugerem que a operação seja feita após descartar todos os tratamentos e analisar a relação entre o custo e o beneficio. O procedimento cirúrgico em si é muito simples. Entretanto podem surgir vários efeitos colaterais, como perda da sensibilidade nos seios e impossibilidade de amamentar. Sendo assim, o mais indicado é que a mulher esteja na faixa etária entre 40 e 50 anos, já tenha seus filhos e esteja completamente decidida a retirar as mamas.

O médico deve a avaliar a necessidade da mastectomia preventiva. (Foto: divulgação)

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A mastectomia preventiva é uma excelente opção para quem possui predisposição genética de desenvolvimento do câncer de mama. É preciso realizar um teste para identificar a presença do gene causador do câncer e conversar com o médico para ver se existe ou não a necessidade de cirurgia.

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