Manisfestantes ocupam Wall Street

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O movimento Ocupe Wall Street está dando o que falar. Com quatro semanas de duração, um dos maiores manifestos norte-americanos tem a hospitalidade de agregar pessoas de todos os tipos, sem faixa etária, sem classificação, sem exigências, basta apenas ter determinação. Coragem é outro item essencial, para dormir debaixo de chuva, com o frio escaldante que atinge Nova York – isso sem mencionar a neve  que deve chegar em breve. Esses manifestantes protestam contra o abuso do mercado financeiro.

A ocupação gira em torno dos bancos e da Bolsa de Valores, no sul de Manhattan, em Nova York. Cerca de 300 pessoas se alojam ao redor desses prédios. Foi montado,  até mesmo,  uma espécie de acampamento, com uma cantina aberta,  apetrechos da cozinha, pia improvisada e bandejas com alimentos (pizzas, lanches, frutas, saladas, etc.). Qualquer pessoa que passe pelo local tem permissão para se servir, desde turistas até jornalistas, que estão em peso acompanhando o movimento.

Uma biblioteca também foi montada com milhares de livros e DVD’s para deseja encontrar um passatempo. Mesas para discussão entre os grupos também são comuns. Uma unidade hospitalar com médicos voluntários, também, é mantida na ocupação de Wall Street, ou Acampamento da Praça da Liberdade, como eles gostam de chamar.

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As doações não param de acontecer. Pessoas que não podem participar presencialmente do manifesto, podem fazer doações, de dinheiro, comida, cobertores e tudo que for viável. De acordo com alguns manifestante, já foi possível arrecadar cerca de US$ 180 mil em dinheiro, além de milhares de dólares em alimentos, livros, roupas e cobertores.

Jovens estudantes, professores, desempregados, sindicalistas, advogados e até mesmo moradores de rua encontraram vantagens com o movimento, não apenas pela luta contra o abuso dos mercados financeiros, mas também por diversos outros motivos. Há quem diz que permanece no movimento “pelo amor”, como disse Fred Pentozzini, de 21 anos, Ele  comentou o quanto acha maravilhoso um lugar onde todos são aceitos. Enquanto passava pelos Estados Unidos  ouviu falar do Ocupe Wall Street, pegou um trem e lá está, sem planos de voltar. Outros dizem que a situação ali é melhor, tudo é de graça: comida, roupa, cigarro, etc. e com pessoas interessantes para conversar. Abuso financeiro, grupo de trabalho de assuntos legais, ganância das empresas capitalistas, diversão, descontração, família, união e entre muitos outros assuntos parecem definir o movimento.

A confusão também está presente na rotina dos manifestantes. Cerca de mil pessoas passam pelo local,  todos os dias,  para fazer parte do movimento. Com as ações de manifesto, a polícia entra em ação. Nesta sexta-feira (14), por exemplo, duas pessoas foram presas. Outros protestantes que não são dos Estados Unidos prometem apoiar o grupo neste sábado (15), indo até as ruas. Cerca de 82 países devem participar amanhã.

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