Manifestantes da USP agridem jornalistas

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(Imagem: Foto divulgação)

No término da noite passada, alguns alunos que mantêm a ocupação da Reitoria da USP (Universidade de São Paulo), na zona oeste da capital, atacaram os profissionais da impresa que seguem a invasão do edifício, ocorrida na noite da última quarta-feira (2).

Uma pedra foi atirada contra a máquina do cinegrafista Marcos Vinícius, do canal SBT, a qual alcançou superficialmente a cabeça de Fábio Fernandes, cinegrafista da rede Record. Ainda no tumulto, o cinegrafista Alexandre Borba, também da rede Record, teve a alça da câmera puxada, o que fez com o instrumento caísse.

O fotógrafo Cristiano Novaes, da agência CPN, foi atacado a pontapés e teve o equipamento tomado pelos estudantes, os quais decidiram devolvê-lo em seguida ao reporter fotográfico. A agitação foi iniciada durante um bate-boca entre os profissionais e os estudantes do prédio. Um dos invasores chegou a avançar contra a repórter Maria Paula, do canal SBT, e deu diversos tapas contra o microfone da profissional.

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Logo que a situação foi amenizada, um dos alunos, o qual se indentificou como “Eduardo” disse que repelia o comportamento dos atacantes e que aquilo não simulava o posicionamento do movimento em relação aos jornalistas. Em nota publicada no começo da madrugada, o DCE (Diretório Central dos Estudantes) assegurou que “a presença da PM não garante a segurança da universidade”.

Na declaração, o DCE também assegura:  “Não é de hoje que temos propostas para um outro plano de segurança dos campi da USP: aumento da circulação de pessoas e integração da universidade com a sociedade (contra a “catracalização”), maior iluminação, aumento dos ônibus circulares, uma Guarda Universitária preventiva, gerenciada pela comunidade, com treinamento voltado para os Direitos Humanos e aumento do seu efetivo, principalmente feminino”.

Ainda de acordo com a nota os alunos devem cumprir uma ação às 12h desta terça-feira (8) em frente à Reitoria, quando for formalizado um ofício solicitando a anulação do convênio USP/PM e a inaugaração de medidas de curto e médio prazos de segurança nos campus. Na mesma declaração, será requisitado o comparecimento do reitor João Grandino Rodas na audiência pública pedida pelo DCE para o dia 16, quando devem ser discutidas as medidas de segurança adotadas pela Reitoria e as recomendações do movimento estudantil.

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