Mães obesas passam menos vitamina D para os filhos

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Cientistas revelaram que existe relação entre a obesidade das mães e a quantidade de vitamina D no cordão umbilical de recém-nascidos. A pesquisa foi publicada no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism e traz novos dados sobre o assunto. Tanto o excesso de peso das grávidas, quanto a deficiência desse tipo de vitamina no organismo dos bebês são comuns e estão associadas a resultados adversos da gestação, como por exemplo a cesariana, pré-eclâmpsia, diabetes gestational e baixo peso de recém-nascidos.

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Mães obesas prejudicam a saúde dos bebês (Foto: Divulgação)

Procedimento utilizado pelos pesquisadores

Para chegarem a conclusão de que mulheres obesas na gestação atrapalham com relação a quantidade correta de vitamina D no organismo do bebê, os pesquisadores selecionaram 46 grávidas saudáveis com índices de Massa Corpórea (IMC) normal e algumas acima do limite recomendado, das quais foram coletadas amostras de sangue entre 36 e 38 semanas de gravidez.

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Como a única fonte de vitamina D em crianças que acabam de nascer é o nutriente 25-hidroxivitamina D (25-OH D), transferido por meio da placenta da mãe, e também foram coletadas amostras de sangue de cordões umbilicais durante o parto. Os recém-nascidos ainda passaram por medidas antropométricas (medição de tamanho, peso e proporções do corpo humano) por meio de procedimentos rápidos, que geram resultados em até 48 horas depois do nascimento da criança.

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O bebê gordinho também tem menos vitamina D no organismo (Foto: Divulgação)

Peso do bebê e idade da mãe também influencia no índice de vitamina D

Os resultados da pesquisa mostraram que a variação na quantidade de 25-OH D no sangue do cordão umbilical está ligada a quatro fatores: o nível de 25-OH D da grávida, a obesidade da mãe, a idade da mulher que espera o bebê e ao acúmulo de gordura no recém-nascido. Durante a gravidez as mães com peso normal e as obesas tiveram níveis de 25-OH D similares. Mas, crianças que nasceram de mulheres acima do peso tiveram o nível de 25-OH D significantemente menor que os bebês das mães com peso normal.

“Os resultados podem indicar que as mulheres obesas grávidas não estão transferindo o nutriente 25-OH D para os bebês tão eficazmente como as mulheres magras, apesar de ambas terem quantidades equivalente da vitamina, consistente com a teoria da reduzida disponibilidade da vitamina D na obesidade”, explica um trecho da pesquisa.

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