Lindemberg é condenado pelo assassinato de Eloá

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Lindemberg é condenado a 98 anos e 10 meses de prisão

Após quatro dias de julgamento, o “Caso Eloá” chega ao fim com a condenação de Lindemberg Alves por 12 acusações que resultaram em sentença de 98 anos e 10 meses e 1200 dias de multa.

O crime que se iniciou como cárcere privado e veio a se tornar o sequestro mais longo do Brasil, teve um trágico desfecho, com a morte da adolescente de apenas 15 anos, Eloá Cristina Pimentel e a tentativa de assassinato da melhor amiga da vítima, Nayara Rodrigues da Silva.

O assassinato de Eloá que ocorreu em outubro de 2008 teve o julgamento iniciado esta segunda-feira (13) e se encerrou esta quinta-feira com a condenação do réu à pena máxima estabelecida por lei para o homicídio qualificado da adolescente Eloá, em 40 anos, para as outras acusações, atenuantes foram usados. Mesmo que a pena máxima não tenha sido aplicada, a decisão judicial resultou em uma pena superior àquela aplicada ao casal Nardoni.

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Julgamento do caso Eloá

Lindemberg Alves foi a juri popular esta segunda-feira (13) em um julgamento que durou quatro dias, se encerrando esta quinta-feira (16)

Durante os 4 dias em que o julgamento se seguiu foram ouvidas ao todo 19 testemunha, sendo 5 destas, testemunhas de acusação e 14 de defesa.

O Julgamento que ganhou notoriedade na mídia, gerou polêmica não apenas pelo crime, mas também pelo comportamento da advogada de defesa, que em determinados momentos tomou atitudes consideradas questionáveis, ameaçando mais de uma vez abandonar o caso, o que resultaria na anulação do julgamento. Ana Lúcia Assad foi questionada por chamar a mãe de Eloá para depor como testemunha de defesa, dispensando-a no dia em que seria ouvida. Segundo especialistas, o objetivo seria impedir que Ana Cristina Pimentel da Silva assistisse ao julgamento e influenciasse o júri.

Além de ter chamado a mãe da vítima como testemunha, ela ainda teria desacatado a juíza ao dizer que ela “deveria voltar a estudar”. Ao final do julgamento, com o anuncio da sentença como transito em julgado, quando não há possibilidade de recorrer, a juíza Milena Dias também determinou que uma cópia de todos os autos fosse enviada ao ministério público para que as medidas cabíveis fossem tomadas.

Relembrando o caso

Advogada de defesa Ana Lúcia Assad

Lindemberg Alves foi julgado pelo assassinato da adolescente Eloá Cristina Pimentel, o motivo do crime teria sido passional, uma vez que ambos haviam terminado um relacionamento de três anos.

Ele teria invadido a casa da estudante, que fazia um trabalho escolar com mais três colegas de escola, e mantido o cárcere dos quatro adolescentes sob a mira de uma arma. Lindemberg tinha 22 anos na época e manteve o cativeiro pelo total de 101 horas. O caso terminou com a invasão do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) no dia 17 de outubro.

Além de um tiro na cabeça e na virilha de Eloá, Lindemberg ainda atirou contra Nayara, atingindo-a no rosto, e contra um dos membros do GATE, o que configurou as duas acusações de tentativa de homicídio qualificado. Eloá veio a falecer no hospital no dia seguinte em decorrência dos ferimentos a bala.

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