De forma geral, quem mora nos grandes centros urbanos consegue acessar a internet com mais facilidade do que as pessoas que vivem nas regiões mais afastadas, devido a diversos fatores, entre os quais a falta de investimento das operadoras nesses locais.
Mas em breve, uma alternativa para acabar ou pelo menos amenizar esse problema, que acontece não só no Brasil, mas também em diversos outros países, deve estar disponível.
Trata-se da internet via balões, tecnologia que vem sendo desenvolvida por algumas empresas e órgãos governamentais, com o objetivo de levar a web para os locais mais remotos, nos quais a rede não chega atualmente ou é disponibilizada de maneira totalmente precária. Entre os vários projetos baseado nessa tecnologia, dois se destacam bastante, podendo ser disponibilizados dentro de pouco tempo.
Projeto Conectar
Um deles está sendo desenvolvido através de parcerias entre a Telebras, o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), os Ministérios das Comunicações e de Ciência e Tecnologia e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Intitulado “Projeto Conectar”, ele utiliza balões equipados com aparelhos para espalhar o sinal da internet, alçados a 1,5 km de altura, que permitirão o acesso à web em um raio de alcance que varia de 25 km a 50 km. O sinal é recebido através de um receptor específico, instalado junto ao computador do usuário.
Oferecendo velocidades de navegação entre 1 Mbps e 100 Mbps, que atenderão tanto aos usuários domésticos quanto ao público corporativo, a tecnologia deverá estar disponível no primeiro semestre de 2015, conforme a Telebras.
Algumas das áreas já definidas para receber a internet por balões do governo federal estão localizadas em Roraima, Piauí e Amapá, além do norte de Minas Gerais e de algumas partes do estado do Amazonas.
Projeto Loon
Quem também trabalha no desenvolvimento desse tipo de tecnologia é o Google, com o “Projeto Loon”, através do qual a gigante de buscas pretende alçar diversos balões por todo o mundo, espalhando o sinal da internet pelas áreas mais remotas do planeta, como zonas rurais, reservas naturais e locais atingidos por grandes catástrofes.
O sistema, que já está em testes na Nova Zelândia, conta com balões de hélio que carregam receptores, alimentados por energia solar, responsáveis por captar o sinal da web emitido por antenas instaladas no solo, e distribuí-lo, via Wi-Fi, para os usuários em um raio enorme.
Apesar do projeto piloto já ter sido lançado, ainda não há informações sobre quando a internet via balões do Google estará disponível.
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