O implante coclear é uma importante ferramenta para os indivíduos que sofreram profundo déficit auditivo, bilateral, e consiste num aparelho que oferece informação sonora através da estimulação elétrica direta das fibras do nervo auditivo por eletrodos, em pacientes onde o ouvido interno está danificado.
Conheça mais sobre essa importante arma que ajuda na recuperação de mais qualidade de vida.
O aparelho
O implante é composto por duas partes, uma interna, formada por um grande número de eletrodos e um aparelho receptor, e uma externa, formado por um microfone, processador de fala, codificador e transmissor.
Os componentes externos se fixam na pele através de um imã, implantado logo abaixo dele, e se comunicam com os componentes internos através de ondas de rádio FM, que são transmitidas pela pele intacta. O funcionamento do implante é muito semelhante ao de um aparelho auditivo.
Critérios de Seleção
Infelizmente não são todos os pacientes que podem se beneficiar dessa técnica, sendo que é necessário passar por uma triagem composta por vários profissionais, onde serão selecionados os candidatos a este tratamento.
Os critérios de seleção para os indivíduos adultos são:
- Indivíduos com idade superior a 17 anos;
- Paciente com perda neurossensorial severa a profunda bilateral;
- Surdez pós-lingual (com linguagem oral adquirida anteriormente à perda auditiva);
- Benefício limitado das próteses auditivas;
- Psicologicamente aceitável e sem contraindicações médicas.
Os critérios de seleção infantil são:
- Pacientes com mais de 1 ano e menores que 4 anos de idade;
- Perda auditiva profunda bilateral;
- Surdez pré e pós linguais;
- Expectativa razoável da família;
- Sem benefício de próteses auditivas.
Quando o paciente não se encaixa nesse perfil, significa que terá melhores resultados com outros métodos de reabilitação, por isso é importante não desanimar.
A cirurgia e o prognóstico
Apesar do procedimento ser delicado, o pós-cirúrgico é semelhando às outras cirurgias de ouvido. Depois de 4 a 6 semanas é necessário um retorno para que seja colocado o componente externo e o implante seja ativado.
Os estudos de resultados em crianças apontam verbalizações mais frequentes e melhor qualidade e tom de voz, fala mais rítmica e melhor habilidade em produzir fonemas. Isso sem contar na maior capacidade de atenção e concentração e maior interesse em falar. Nos adultos o resultado pode ser bastante variável, podendo, no mínimo, ajudar na leitura orofacial e nos melhor casos, propiciar uma conversa ao telefone.
Os implantes cocleares são mais uma prova de que a tecnologia, sem sombra de dúvidas, pode e deve ser usada para proporcionar uma melhora considerável da qualidade de vida.
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