Hepatite C tem matado mais que AIDS, revela estudo

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Imagem: (Foto Divulgação)

Os índices de mortes acarretadas pela hepatite C já estão superiores do que as acarretadas pela AIDS nos Estados Unidos. É o que revela um estudo divulgado na revista médica Annals of Internal Medicine. Enquanto os números de morte por AIDS  apresentaram uma queda de 50.000 em 1990, para 12.700 em 2007, a hepatite tem seguido caminho contrário. Em 2007, de acordo com o levantamento, mais de 15.000 indivíduos morreram por causada doença – número quase 12% maior que as mortes pelo HIV.

O estudo, conduzido por T. Jake Liang e Harvey Alter, avalia que boa parte dos 3,2 milhões de norte-americanos que possuem hepatite C sejam adultos – três em cada quatro deles possuem entre 45 e 64 anos. E tem mais, a maior parte dos contaminados não sabe que possui o vírus. Desse modo, eles podem naturalmente transmitir a doença pelo sangue, ou acidentalmente, pelo ato sexual.

Segundo outro estudo divulgado na mesma revista, indivíduos contaminados com a doença só buscam ajuda depois que ela começa a acarretar sérios prejuízos ao organismo.  “O vírus da hepatite C é frequentemente assintomático ou causa sintomas não específicos, como depressão e fadiga, por décadas”, diz Kathleen Ly, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, sigla em inglês) e autora do segundo estudo.

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Segundo informações do Ministério da Saúde, cerca de 70.000 novas ocorrências de hepatite C foram constatadas no país, entre 199o e 2010. O índice é muito abaixo aos mais de 400.000 casos de AIDS diagnosticados no mesmo intervalo. Especialistas advertem, todavia, que o índice inferior se deve à subnotificação da doença. “Mais de 90% dos infectados estão perdendo a vida, progredindo para casos de cirrose ou câncer, e não sabem”, diz Carlos Varaldo, presidente do Grupo Otimismo de Apoio a Portadores de Hepatite.

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