Hanseníase: causas, sintomas e tratamento

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A hanseníase antigamente era conhecida  como lepra ou mal de Hansen. O nome surgiu a partir do seu descobridor, Gerhard Hansen. É considerada e nomeada como a doença mais antiga do mundo, pois sua infecção e transmissão acontecem há, pelo menos, 4.000 anos.

Mas o que é hanseníase?

A hanseníase é uma doença infecto-contagiosa, cujo microrganismo causador é um bacilo denominado Mycobacterium leprae. Este microorganismo apresenta afinidade pelas células cutâneas e por células dos nervos periféricos, o que justifica os sinais e sintomas apresentados por uma pessoa contaminada. Portanto, não é uma doença de cunho hereditário, ou seja, não existe alteração genética responsável pelo aparecimento das lesões.

Quais são os tipos?

Existem quatro tipos de hanseníase, sendo que essa classificação é dependente do quadro dermatológico (da pele), apresentado pelo indivíduo infectado. Vale lembrar que a apresentação clínica, a qual o indivíduo irá apresentar, é dependente, exclusivamente, da resposta do sistema imunológico do indivíduo, contra o microrganismo causador.

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  • Hanseníase indeterminada;
  • Hanseníase tuberculóide;
  • Hanseníase virchowiana;
  • Hanseníase dimorfa.

Como é a manifestação clínica?

De maneira geral, os quatro tipos de manifestação da doença apresentarão algumas características em comum, ditas como clássicas da doença. São elas:

  • Sensação de formigamento, dormência ou fisgadas nas pontas dos dedos, nas mãos ou nos pés;
  • Manchas, geralmente brancas, mas podem ser avermelhadas, com perda da sensibilidade para alteração de temperatura (frio ou calor), a dor, ou ao toque;
  • Áreas normais, porém, que apresentam as alterações de sensibilidade descritas acima ou não apresentam secreção de suor;
  • Placas e caroços que surgiram sem explicação, disseminados pelo corpo;
  • Diminuição da força, principalmente manifestada, quando iremos segurar um objeto.

Qual o modo de transmissão?

Os bacilos são eliminados através do sistema respiratório, por secreções nasais, tosse, gotículas da fala ou espirros. É importante mencionar que apenas os pacientes que não estão em tratamento poderão transmitir a doença. Portanto, os pacientes que estão em tratamento regular ou aqueles que já receberam alta, não a transmitem. Dentre os quatro tipos da doença, apenas as formas virchowiana e dimorfa são contagiantes.

A boa notícia é que mais de 90% das pessoas, que tiveram ou poderão ter contato com o bacilo, não desenvolverão a doença. Em resumo, podemos afirmar que a maioria é resistente ao microorganismo. Mas por que o restante da população desenvolve a doença? O que se sabe atualmente é que outros fatores multifatoriais, incluindo a genética individual, podem contribuir para o desenvolvimento da doença.

Como é feito o tratamento?

Diferente do que se pensava e se conhecia antigamente, hoje, a hanseníase é curável. Todo o tratamento é realizado nas unidades de saúde e o melhor de tudo, é gratuito. Como praticamente todas as doenças, quanto mais rápido e precoce for o diagnóstico da hanseníase, mais fácil a sua eliminação.

De um modo geral, o indivíduo infectado é submetido a um tratamento via oral de três ou quatro medicamentos; estes decididos pelo médico dependendo do tipo da doença. Portanto, apenas o especialista poderá indicar qual o melhor tratamento, em cada caso.

Como posso prevenir?

É importante sempre estarmos atentos ao que acontece no nosso meio, principalmente, se é algo que foge da nossa rotina. Observe as manifestações mais comuns e, caso você ou alguém próximo esteja apresentando algum dos sintomas que foram citados, procure, imediatamente, um especialista. A sua vida e de todos ao seu redor, depende disso!

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