Governo provisório pós-Kadafi na Líbia

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O Conselho Nacional de Transição (CNT) anunciou que um governo provisório será instalado na Líbia. O conselho anti-Kadafi, ditador responsável pelos confrontos no país, prometeu que o gabinete ficará instalado até a “libertação” da nação.

A “libertação” será concedida logo após o CNT conseguir controlar a cidade de Serti, terra natal de Kadafi, onde confrontos são constantes. Acredita-se que quando a cidade for por fim controlada, todas as fronteiras estarão seguras.

O anúncio foi feito nesta segunda-feira (3) pelo líder do CNT, Mustafa Abdul Jail, e pelo primeiro-ministro Mahmoud Jibril, que estão encarregados de administrar o país até que tudo se estabilize. Prometeram também renunciar logo após a libertação, sem causar problemas ou possíveis tumultos, realizando de imediato uma votação para que o futuro governo definitivo se concretize.

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Os outros ministros poderão continuar ocupando seus lugares, desde que tenham um bom desempenho e respeitem o aval do próximo governo de transição, que deve ser anunciado em até mês depois da “libertação” da Líbia.

O novo gabinete do governo provisório conta também com a nomeação de Abdel-Raman al-Keissah para ministro “dos líbios mortos e feridos” e Hamza Abu Fas no lugar de Sheik Salem al-Sheiki como ministro para assuntos religiosos. Ali al-Tarhouni continuará trabalhando como chefe no Ministério do Petróleo.

O governo provisório tem atuação imediata na situação da Líbia e estará no poder até que o CNT consiga conquistar e derrubar as forças de Kadafi.

Situação em Sirte

O centro de Sirte começou na manhã de hoje (3) receber disparos e foguetes do batalhão do CNT, que trouxe a maior parte de sua artilharia para enfrentar os aliados de Kadafi, que tomam conta da cidade há três semanas.

O CNT já possui controle sobre o aeroporto e agora tenta avançar para centro, onde encontra mais dificuldades. Uma ofensiva final está sendo programada, porém sem ideia de tempo para terminar.

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Alguns civis conseguiram fugir da cidade com o cessar fogo de dois dias declarado pelo CNT, que tinha de fato permitir essa fuga. Aqueles que conseguiram fugir relataram à BBC que muitas famílias ainda estão presas na cidade, com medo ou incapazes de sair, por estarem com ferimentos ou sem veículos ou combustível para a fuga.

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