Governo entra na briga contra o PMDB por Código Florestal

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Marco Maia, presidente da Câmara.

O presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), comentou ontem com parlamentares que a presidente Dilma Roussef vetará o texto do Código Florestal, o qual será avaliado hoje pela Casa, caso ele seja consagrado com modificações sugeridas pelo PMDB. Na prática, o aviso da presidente evidência o apoio do governo ao PT na briga que o partido trava com o PMDB.

A comissão do PT fechou ontem acordo de votar contra o relatório do deputado Paulo Piau (PMDB-MG). Já o PMDB divulgou que não deixará de apoiar  Piau e que, carrega consigo apoio dos ruralistas. Entre as alterações no texto aprovado pelo Senado, está a revogação da recuperação de vegetação nativa desmatada a beira de rios. Desse modo, o governo prevalece a apreciação da ministra Izabella Teixeira, de que o relatório beneficia demais aos ruralistas.

A tática é provocar constrangimento para o líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves, já que ele é o principal nome para ocupar a Presidência da Casa em 2013. Além disso, na atual votação, ele é o articulador do apoio de outros partidos no texto de Paulo.

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A atitude de Alves, porém, foi claramente celebrada em reunião da comissão, na noite de ontem, minutos antes de dar início a sessão extraordinária que avaliaria a matéria.“Gostaria de congratular o deputado Henrique por estar liderando os líderes desta Casa neste processo de votação do Código Florestal”, afirmou o deputado Valdir Colatto (PMDB-SC).

Diante disso, o Planalto resolveu chamar Maia às pressas para encontro com Dilma. Ao longo do dia, as reuniões para discutir o Código Florestal foram desocupadas. A primeira reunião estava agendada para 10h, no Planalto, e contava com a presença da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), Pepe Vargas (Desenvolvimento Agrário), Mendes Ribeiro (Agricultura), (Desenvolvimento Agrário) e Izabella Teixeira. Todavia, apenas Ideli estava presente.

Em seguida, Marco Maia cancelou a reunião de líderes que ocorre todas as terças-feiras, na Presidência da Casa, para debater a pauta do dia. O tema era de que não adiantaria haver reunião se os condutores não teriam como modificar o mérito da matéria.

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