Google não garante privacidade total no Gmail

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Por meio de uma documentação judicial de 30 páginas, o Google declarou que os internautas que fazem uso do Gmail não deveriam ter “expectativas razoáveis” que suas comunicações fiquem em modo de confidencialidade, uma falta de privacidade que está na raiz do funcionamento de seu serviço de e-mails.

O Gmail assume não ter privacidade (Foto: Divulgação)

Texto sobre privacidade do Gmail

O texto falando sobre a privacidade do Gmail foi apresentado na última terça-feira, 13 de agosto, pelos advogados da empresa nos tribunais de San José, no norte da Califórnia (Estados Unidos) e acabou sendo repercutido na quarta-feira, 14 de agosto, na imprensa dos EUA, país no qual o Google enfrenta um processo coletivo por espionar os seus usuários.

“O Google abre, lê e adquire ilegalmente conteúdo privado dos e-mails das pessoas”, falava essa denúncia datada em maio.

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O Google se defende das acusações e considera que essa briga judicial sobre a falta de privacidade de seus clientes é algo sem fundamento. A empresa dona do maior site de busca da atualidade também diz  que suas práticas se ajustam às leis vigentes.

O Google assumiu e explicou os motivos da falta de privacidade do Gmail (Foto: Divulgação)

Compilação automática pode minimizar privacidade de internautas do Google

O Google disse em sua nota oficial que a compilação automática (não humano) de “e-mails” é o processo ordinário na troca de mensagens por meio do Gmail, uma informação que serve para aperfeiçoar a publicidade direcionada ao usuário e que, inclusive, consta nos termos e condições de seu serviço. Esse é um dos pontos que podem não garantir total privacidade dos usuários do Google.

Além disso, o Google explicou que leis federais impossibilitam que os usuários tenham total privacidade, pois as normas sobre escutas eximem de responsabilidade às companhias dedicadas às comunicações eletrônicas caso os internautas aceitem essa “interceptação” das mensagens, algo que é obrigatório para todos aqueles que abrem uma conta no Gmail.

Na nota, o diretor de Privacy Project da organização Consumer Watchdog, o Google “admitiu finalmente que não respeita a privacidade”, evidenciou que, aqueles que querem privacidade, não deve utilizar o Gmail. EFE.

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