Gel pode pode recuperar musculatura cardíaca prejudicada após infarto

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Imagem: (Foto Divulgação)

Hidrogel injetável desenvolvido por especialistas da Universidade da Califórnia, em San Diego promete ser ao novo método para tratar prejuízos no tecido da musculatura cardíaca acarretados por ataques cardíacos. Estima-se que 750 mil infartos ocorram anualmente só nos EUA. Só no Brasil, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, ocorrem 320 óbitos mil devido a problemas cardiovasculares todos os anos.

O gel é fabricado a partir de uma textura conjuntiva retirada da musculatura do coração através de um método de limpeza. O produto é liofizado (procedimento de secagem realizado a baixa temperatura) moído até se transformar em pó e liquefeito até se virar um líquido que prontamente pode ser injetado no coração. Quando chega a temperatura do organismo, o produto se torna um gel semi-sólido e poroso, que induz as células do órgão a reocupar as partes afetadas.

O ataque cardíaco ocorre após uma repentina carência de oxigênio no tecido cardíaco, diz Luis Gowdak, membro da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (SOCESP) e cardiologista do InCor. Se o fluxo de oxigênio não for rapidamente restaurado, as células de parte ou de todo o coração morrem. Se o indivíduo sobreviver, as consequências do infarto serão uma cicatriz e a diminuição da habilidade de contração do órgão, provocando insuficiência cardíaca.

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“O objetivo do hidrogel, nesse caso, é regenerar a cicatriz e as células mortas, melhorando assim a capacidade de contração do músculo cardíaco”, explica Gowdak. “A substância criada pelos pesquisadores norte-americanos faz parte do que se chama hoje em dia de medicina regenerativa, assim como a utilização de células tronco na regeneração de outros órgãos do corpo”.

O estudo aponta que o hidrogel pode ser aplicado  no corpo humano através de um cateter, procedimento pouco agressivo que dispensa cirurgia ou anestesia geral. A análise, que utilizou textura do coração de porcos, foi injetado em cobaias e não provocou nenhuma rejeição do corpo ou arritmias cardíacas. De acordo com o especialista, isso ocorre porque a equipe removeu todas as células que poderiam ser rejeitadas pelo organismo.

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