Garota de 9 anos é submetida a transplante de seis órgãos

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Uma garota de nove anos foi exposta com sucesso a um transplante de seis órgãos, que abrangeu um delicado atendimento de esôfago, divulgou o Hospital Infantil de Boston, nos EUA. Desde 2008,  Alannah Shevenell possuía um tumor que se estendeu para o estômago, fígado, intestino delgado, pâncreas, esôfago e baço. A substituição dos órgãos ocorreu na última terça-feira (31).

“Sob o comando do diretor do Centro de Transplante Pediátrico (PTC), o cirurgião Heung Bae Kim, os médicos executaram uma intervenção de 14 horas”,  afirma uma declaração divulgada no site do hospital. Os órgãos procederam somente de uma única pessoa e foram conservados juntos até o momento da cirurgia.

Alannah Shevenell com sua avó (Foto Divulgaçã)

“Não havia maneira de extrair o tumor sem retirar os órgãos. Se tirássemos apenas o tumor, os órgãos de  Alannah  não receberiam sangue e morreriam”, afirmou Bae Kim ao jornal Boston Globe. Kim ressaltou ainda as “dificuldades para encontrar os órgãos, que deveriam ser do mesmo tamanho e tipo sanguíneo da criança”. A chance apareceu quando a família de um garoto recém falecido ofereceu a doação.

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A pequena voltou para a casa na quarta-feira, após passar mais de 90 dias internada. Alannah que vive com os avós em Hollis no estado do Maine, não deve ter futuramente nenhuma restrição legítima em termos de atividade.

Atualmente, ela toma nove medicamentos todos os dias e é submetida a exames frequentes para controlar os níveis de glicose. Por enquanto seu estado é tão frágil que ela não pode ficar em locais aglomerados, como escolas, igrejas e centros comerciais. Um professor trabalha 20 horas semanalmente na casa menina para que ela não pare com os estudos.

Seu estado é tão frágil que ela não pode ficar em locais aglomerados, como escolas, igrejas e centros comerciais. (Foto Divulgação)

Transplantes abrangendo múltiplos órgãos ao mesmo tempo, são mais frequentes na Europa e nos EUA. Cerca de 50 cirurgias do tipo são realizadas todos os anos, de acordo com Ben-Hur Ferraz Neto, chefe do Programa de Transplantes Abdominais do Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

“No Brasil ainda é inédito, embora haja no país duas equipes credenciadas para fazer esse tipo de transplante”, diz. Espera-se que ainda neste ano o Brasil comece a realizar o procedimento.

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