Filhos de mães com depressão tem altura abaixo da média

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De acordo com uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos, os filhos de mães com depressão têm altura abaixo da média. O estudo, que avaliou o déficit de crescimento das crianças, serve de alerta para as mulheres que sofrem com a doença e pretendem viver a maternidade em breve. Os resultados completos do trabalho foram publicados na revista Pediatrics na última segunda-feira (10).

Filhos de mães depressivas são mais baixinhos, diz pesquisa. (Foto:Divulgação)

Crescimento dos filhos de mães depressivas é inferior

Para chegar à conclusão de que mães depressivas geram filhos baixinhos, os pesquisadores consideraram os dados de 14.000 crianças nascidas no ano de 2001. De todos os participantes que foram recrutados, 41% tinham mães com sintomas de depressão, durante a análise realizada no primeiro ano de vida das crianças.

Depois de avaliar os dados, os pesquisadores descobriram que os participantes com mães depressivas, ao completar cinco anos de idade, estavam 50% mais propensos a crescer 10% a menos que a média, em comparação com as crianças que tinham mães sem sintomas depressivos. Com relação ao peso, as diferenças não foram tão significativas.

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Pouco tempo de amamentação e estresse são algumas causas

Além de afirmar que a depressão materna interfere no desenvolvimento infantil, os pesquisadores também procuraram encontrar as causas do problema. Os sintomas depressivos podem interferir no padrão de cuidados durante os anos da primeira infância e isto pode resultar em efeitos prolongados no crescimento. A criança pode apresentar uma altura abaixo da média porque ingeriu leite materno por tempo insuficiente, sendo privada assim de nutrientes essenciais para o crescimento.

A convivência com a mãe depressiva na primeira infância interfere no crescimento. (Foto:Divulgação

A convivência da criança com a mãe depressiva nos primeiros anos de vida também podem prejudicar o desenvolvimento infantil devido ao estresse. Segundo os autores da pesquisa, os níveis elevados de cortisol podem baixar a taxa de hormônios que contribuem com o crescimento.

A pesquisa americana serve de incentivo para que as mães depressivas busquem tratamento logo na primeira infância do filho. A prevenção da doença ou o diagnóstico precoce também são meios importantes para evitar que a criança seja prejudicada pelo transtorno psiquiátrico.

Danos causados pela depressão materna

A depressão da mãe deixa a criança irritada, ansiosa, cansada e insegura. (Foto:Divulgação)

Além de interferir na altura da criança, a depressão materna também é associada a outros danos no desenvolvimento emocional e social. Os filhos de mães depressivas podem apresentar alterações comportamentais, como oscilação de humor, cansaço, ansiedade, raiva, e insegurança.

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