A fasceíte necrotizante é uma condição rara, mas que nos últimos tempos tem se tornado conhecida por causa da repercussão de alguns casos na mídia.
Em 2012, a estudante americana Aimee Copeland contraiu a bactéria que devora a carne humana. Ela precisou ter a perna amputada e também perdeu outras partes do corpo, como as mãos e um pedaço do abdômen.
Nos Estados Unidos, cerca de 600 pessoas estão afetadas por algum tipo de bactéria que come carne humana. A taxa de mortalidade gira em torno de 25 a 30%.
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O que é fasceíte necrotizante?
A fasceíte necrotizante é descrita como uma infecção bacteriana destrutiva. Ela é capaz de danificar a pele, a gordura e o tecido que cobre os músculos em pouco tempo de proliferação. Popularmente o problema é conhecido como “bactéria comedora de carne”.
De acordo com especialistas, a fasceíte necrotizante é uma grave infecção de pele e de músculo, que pode ser causada por diferentes tipos de bactérias e não só um único micro-organismo. A Streptococcus pyogenes, por exemplo, pode fazer com que o paciente desenvolva feridas em estágio de necrose que necessitam de amputações.
As infecções causadas pela bactéria dependem de diversos fatores, como o sistema imunológico. Por exemplo, se o paciente está com baixa imunidade, os micro-organismos podem invadir com mais facilidade o seu corpo. As bactérias comem a carne humana porque elas precisam de nutrientes para se duplicar.
A fasceíte necrotizante foi descrita pela primeira vez no século IX, Jones na Guerra Civil Americana. Na época, o problema era visto como uma complicação bacteriana, que atingia as feridas causadas por armas de fogo.
A fonte da fasceíte necrotizante normalmente está associada a um trauma maior ou menor. A bactéria comedora de carne também pode ser contraída em uma cirurgia abdominal ou ser relacionada aos organismos anaeróbicos.
Sintomas da fasceíte necrotizante
Nas primeiras 24 horas após sofrer um trauma, a pessoa sente dor no local da lesão. A área afetada também fica quente, desenvolve uma vermelhidão e bolhas. Outros sinais são capazes de alertar a infecção, como febre, diarreia, fraqueza e sede intensa.
Nos dois dias após a lesão, a fasceíte necrotizante causa inchaço e escurecimento da pele do tecido. Bolhas cheias de líquido escuro também podem marcar presença no corpo do paciente, tal como a descamação da pele.
Se a infecção não for tratada em até cinco dias, o paciente desenvolve sinais de toxemia, pressão arterial muito baixa e perda da consciência.
Tratamento da fasceíte necrotizante
Para que a fasceíte necrotizante possa ser tratada, é importante que o diagnóstico seja feito precocemente. Um exame anatomopatológico é capaz de identificar a presença da bactéria comedora de carne humana no organismo. A tomografia computadorizada permite identificar a extensão da doença e os locais atingidos.
O tratamento da fasceíte necrotizante envolve a administração de antibióticos, remoção do tecido necrosado, transfusão de sangue, amputação das extremidades e monitoramento dos órgãos vitais.
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