Aneel ajustou a bandeira de tarifas em 50%, porém as famílias que integram o Tarifa Social estarão isentas de pagar a conta de luz. Serão cerca de 12 milhões de famílias sem ter a necessidade de desembolsar altos valores para arcar com a bandeira vermelha.
A escassez hídrica tornou necessário o uso da bandeira vermelha patamar 2, coisa que havia sido garantida que não aconteceria, e chegou a 50%.
Quem tem direito a essa isenção na conta de luz?
Terão direito às famílias inseridas no CadÚnico e que recebem apenas meio salário mínimo, ou seja, R$ 550,00, idosos com 65 anos ou mais, além de pessoas com deficiência que recebem o BPC, mais conhecido por Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social.
Por fim, famílias no CadÚnico que recebam até três salários mínimos e convivam com algum membro deficiente ou doente e seja necessário a utilização de aparelhos que consumam energia elétrica.
Essas famílias ainda receberão descontos de 10% a 65% a depender do consumo elétrico.
E qual valor os demais consumidores deverão pagar?
Até o final de 2021 todos os outros consumidores pagarão uma tarifa extra de R$ 14,20 para cada 100 quilowatt por hora utilizados. Na bandeira vermelha patamar 2, essas taxas extras eram de R$ 9,49 a cada 100 kWh.
No entanto, o governo dará um desconto para os consumidores que conseguirem economizar na conta de energia, entre setembro e dezembro de 2021 por pelo menos 10%, em janeiro de 2022.
Alguns especialistas dizem que o governo federal demorou muito para reagir a essa crise hídrica. Porém, é importante ressaltar que esse tipo de crise costuma acontecer quando se tem muitos gastos desnecessários de água e energia elétrica, além de claro, as chuvas diminuírem.
Não apenas os consumidores gastam água de maneira exagerada como indústrias e agricultores. Portanto, é necessário rever os passos dados até aqui e evitar o desperdício de um dos bens mais valiosos do mundo, para também não pesar muito no bolso de cada brasileiro.
Inclusive, com a crise hídrica a todo vapor, os alimentos sofrem impactos cada vez maiores e é importante relembrar que o PIB do setor agropecuário caiu de 2,6% para 1,7%, de acordo com o IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.
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