Falando de Yves Saint Laurent

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Transformação e mudança, essas duas características eram as principais considerações feitas em relação ao estilo de trabalho de Yves Saint Laurent. Jornalistas e críticos se esbaldavam para cobrir suas coleções e apresentações na mídia, especialmente pelo fato de inovações, novidades e ousadia aparecerem sempre.

A diversidade temática apresentada em suas criações era inspirada na arte, em viagens que fizera, no teatro, em eventos culturais mundiais, cultura popular e no cinema. Era tão perceptivo com a moda que conseguiu trazer para o dia-a-dia da mulher a calça comprida, alegando que seria, por décadas a fio, a peça principal da moda. Bingo!

O estilista trabalhou como assistente de Christian Dior por três anos, fazendo uma ressalva de que dentre 80 trajes de uma coleção 50 eram produções de Yves. Na década de 1960, no ano de 1962, Yves se aventurou e abriu sua própria casa de costura. As suas primeiras coleções traziam uma estética diferente da alta costura e eram bastante inovadoras. Assim como Elsa Schiaparelli, ele desafiou a seriedade e austeridade da alta moda, nomeando suas criações e coleções como “roupas divertidas”.

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Sua coleção de 1960 – Beat – possuía linhas e estruturas de suas peças faziam referência ao visual beatnik (na década de 1950 e começo de 1960, os beatniks eram pessoas que iam contra as convenções da sociedade) com suéteres de gola rulê e jaquetas de couro pretas. A coleção Gypsy Look veio com um ar de alegria e extravagância, baseada em um programa de televisão que falava sobre Robin Hood. A coleção African, de 1967, apresentava fileiras de contas revelando o corpo por baixo.

O estilista foi um dos primeiros nomes da alta costura que abriu a mente para os conhecimentos da cultura popular. Naquela época, a moda de rua já inspirava Yves e ele mesmo afirmou que a maior e melhor influência vinha da moda das ruas. As combinações que ele propunha entre a alta costura e a moda de rua o levaram ao design. O amor que Yves tinha pelo teatro e os figurinos, o inspiraram a usar em suas criações cores exóticas, vibrantes e também bordados ricos e finos.

A arte também estava presente na vida de Yves, quando o estilista criou o vestido inspirado por Mondrian em 1965, além da coleção Pop Art Look de 1966, inspirada pela amizade com Andy Warhol.

Estava ciente de que suas criações tinham um toque à la Chanel, devido às linhas e formas simples. Yves Saint Laurent, assim como Chanel, trouxe para o guarda-roupa feminino peças usadas pelos homens, com o intuito de quebrar esse hábito de dividir os sexos.

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O look feminino que mais caracterizou a carreira de Yves foi o trench coat usado com calça de alfaiataria, na década de 1970. Outras obras-primas do estilista foram o smoking para mulheres, nomeado de “Le Smoking”, de 1966 até a década de 1980.

Em 2002, após 40 anos na indústria da moda, Yves Saint Laurent se aposentou com as célebres palavras: “Sinto uma tristeza imensa. Estamos colocando um fim em uma história de amor de 40 anos de idade.” Em 2008, Yves faleceu. Muito triste, porém, seu legado está vivo, firme e forte e influenciando a moda e o mundo de uma maneira geral.

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