Exame de sangue pode prever depressão pós-parto

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A depressão pós-parto é um problema sério, capaz de comprometer a relação entre a mãe e seu bebê e causar vários problemas à família. Recentemente, pesquisadores da John Hopkins fizeram uma descoberta incrível que promete mudar a forma de diagnóstico e tratamento da doença. Saiba mais sobre o assunto e entenda como o exame de sangue pode prever depressão pós-parto.

Uma em cada 7 mulheres pode ter depressão pós-parto. Saiba mais.

A depressão pós-parto é um problema que pode comprometer a relação entre a mãe e seu bebê. (Foto: divulgação)

O que é a depressão pós-parto

14% de todas as gestantes podem desenvolver depressão pós-parto. Esse problema altamente prejudicial para a relação da mãe com seu bebê ainda não possui causa conhecida e os principais sintomas são tristeza persistente, ansiedade, exaustão e desespero. Comumente as primeiras manifestações clínicas surgem nas primeiras quatro semanas após o parto, podendo durar por meses.

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Mutações genéticas

De acordo com o chefe do estudo, Zachary Kaminsky, os pesquisadores foram capazes de identificar alterações químicas em dois genes que, quando detectadas na gestante, são capazes de prever que a mulher desenvolverá a depressão pós-parto com 85% de certeza.

Essas modificações podem ser detectadas através de exames de sangue nas grávidas, presentes desde o início da gestação. Essa possibilidade representa uma maneira totalmente nova de tentar prever a depressão pós-parto e iniciar o tratamento preventivo antes mesmo que os sintomas mais graves possam aparecer.

Mutação em dois genes que pode estar relacionada com a depressão pós-parto. (Foto: divulgação)

Descoberta dos genes envolvidos

A ideia inicial da pesquisa surgiu quando os cientistas da Johns Hopkins trabalhavam com camundongos e suspeitaram que mudanças epigenéticas em células do hipocampo – a região cerebral que controla o humor, poderiam ser causadas pelo estrógeno. A partir dessa suspeita os pesquisadores tentaram localizar os genes mais prováveis de sofrerem tal alteração, e acabaram encontrando o TTC9B e HP1BP3, dois dos genes que mais reagem ao estrógeno.

Para surpresa de todos, as descobertas nos estudos feitos com camundongos se confirmaram nos exames de sangue de 52 pacientes que aceitaram participar do estudo e que tinham histórico de transtorno de humor. As voluntárias foram acompanhadas desde o início da gravidez até o período pós-parto, e foi possível observar que elas eram mais sensíveis à ação do estrógeno, pois a maioria desenvolveu mudanças epigenéticas, mais expressivas nos genes TTC9B e HP1BP3.

Conheça a depressão pós-parto masculina.

O resultado dos testes em ratos de laboratório se repetiu em mulheres gestantes. (Foto: divulgação)

A depressão pós-parto é um problema importante, de causa ainda desconhecida mas que, de acordo com as últimas pesquisas, pode ser desencadeada por alterações genéticas causadas pelo estrógeno. As novas descobertas sobre o assunto levantam a possibilidade de diagnóstico precoce, através de exames de sangue, bem como a prevenção da evolução do problema.

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