Estilistas Dolce e Gabbana condenados a 20 meses de prisão

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Os estilistas Domenico Dolce e Stefano Gabbana foram condenados nesta quarta-feira, 19 de junho, a 20 meses de prisão com direito a sursis (dispensa do cumprimento de uma pena total ou parcial), mais uma multa alta, por sonegação de centenas de milhões de euros das autoridades tributárias italianas.

Os estilistas de Dolce e Gabbana foram acusados de sonegação fiscal (Foto: Divulgação)

Dolce e Gabbana são consenados

Os dois estilistas da marca Dolce e Gabbana, que são quase tão famosos quanto os astros internacionais que usam suas roupas mundo a fora, não estavam no tribunal de Milão quando a condenação aconteceu, apesar de sempre se declararem inocentes das supostas sonegações. Massimo di Noia, um dos advogados da dupla que causa correria às lojas quando lança, coleções, disse que irá apresentar um recurso depois de ler a sentença.

 

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Dolce e Gabanna é uma marca muito forte (Foto: Divulgação)

Estilistas de Dolce e Gabbana podem ser presos

O promotor, Gaetano Ruta, tinha pedido pena de dois anos e seis meses de prisão aos estilistas da marca Dolce e Gabbana. Mas Domenico e Stefano precisarão pagar 500 mil euros como a primeira parcela de uma multa que pode chegar a 10 milhões de euros (13,4 milhões).

O caso que resultou na condenação dos donos dessa famosa grife envolve uma investigação que começou em 2008, quando as autoridades começaram uma série de ações contra sonegadores, dos quais poucas até agora resultaram em condenações.

Os dois estilistas foram acusados de evasão fiscal por operações feitas durante a reestruturação do grupo em 2004, com a criação de duas sociedades em Luxemburgo, a Gabbana Luxembourg e a Gado srl. As duas companhias fizeram aquisições de marcas de propriedade dos estilistas por 360 milhões de euros (aproximadamente R$ 1 bilhão). O problema é que esse valor foi considerado um preço muito abaixo do real pela Receita italiana.

A Justiça do país entendeu que a dupla comercializou sua marca para a holding luxemburguesa Gado em 2004 para evitar declarar impostos sobre royalties de cerca de 1 bilhão de euros (1,3 bilhão de dólares). Os estilistas sempre disseram que são inocentes das acusações.

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