Emprestar CPF a terceiros: riscos

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Uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) revelou que 70% dos brasileiros emprestam o CPF para terceiros sem garantias.

O SPC não recomenda emprestar CPF. (Foto:Divulgação)

Emprestar o CPF é desaconselhável

Para chegar à conclusão de que sete em cada dez pessoas emprestam o CPF, o levantamento avaliou 1.238 pessoas em todas as 27 capitais brasileiras.

Emprestar o CPF para um familiar ou amigo pode ser até uma atitude comum, mas oferece muitos riscos. A pessoa que está utilizando o documento alheio pode não cumprir com as obrigações financeiras e ‘sujar’ o nome de quem concordou com o empréstimo.

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Os consumidores inadimplentes são aqueles que mais usufruem do CPF alheio para fazer empréstimos ou financiamentos. Isto acontece porque eles já possuem o nome sujo na praça e encontram dificuldades para obter a liberação do crédito. Quem tem o nome limpo, então, pode acabar se tornando uma vítima.

Sete em cada dez pessoas emprestam o CPF sem ter garantias. (Foto:Divulgação)

Mesmo se um parente ou amigo próximo pedir o CPF emprestado para uma compra, o consumidor deve evitar a prática para se prevenir de riscos. Antes de conceder o seu nome a alguém, ele precisa ter em mente que será responsabilizado pela quitação da dívida, afinal, o contrato estará no seu nome.

Depois que o nome fica sujo no SPC, a tarefa de limpá-lo não é algo tão simples. Primeiro é necessário quitar as pendências financeiras ou pedir insolvência civil. Se o consumidor não tomar nenhuma providência, o seu cadastro na lista de inadimplentes prescreve em cinco anos.

Ter o nome sujo na praça pode desencadear diversas situações constrangedoras. A pessoa não consegue crédito e nem tem condições de abrir uma conta no banco ou em uma loja. A inadimplência pode até atrapalhar na contratação para um novo emprego.

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Quem empresta o CPF pode ficar com o nome sujo. (Foto:Divulgação)

O empréstimo de CPF entre inadimplentes e adimplentes

Entre os consumidores que possuem alguma inadimplência, 20% costumam emprestar o CPF a terceiros. Deste percentual, 96% não se previnem de possíveis calotes. Somente 2% elaboram contrato, outros 2% ficam com um cheque pré-datado e 1% fazem nota provisória.

Os adimplentes, consumidores que cumprem com o pagamento das dívidas, lidam com uma situação menos complicada. Apenas 9% possuem o costume de emprestar o nome a terceiros. Destes, o percentual de quem não se previne de calotes é de 69%.

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Das poucas pessoas com ‘nome limpo’ que emprestam o CPF, 30% buscam alguma forma de garantia, como contrato ou cheque pré-datado. Desta forma, a relação não se limita apenas à confiança.

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