Empresa pernambucana é multada em R$ 6 mil por usar lixo hospitalar em produção

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Foi multada em R$ 6 milhões a empresa pernambucana Império do Forro de Bolso por usar lixo hospitalar importado dos Estados Unidos em sua produção. A penalização foi concedida através do Ibama, segundo reportagem da Folha de S. Paulo. A multa deve ser dividida em três partes iguais, distribuídas entre as fábricas de Santa Cruz do Capibaribe, Caruaru e Toritama. Ambas ficam localizadas no interior de Pernambuco e fazem parte do chamado Polo Têxtil do Agreste. A empresa Hamburg Süd, dona do navio que transportou o material para o Brasil, também será multada em R$ 2 milhões.

Além da multa, o Ibama espera que o lixo hospitalar seja mandado de volta ao seu país de origem, Estados Unidos.

“A atuação do Ibama é no sentido de devolver as 46 toneladas do material apreendido nos contêineres aos Estados Unidos. Quanto aos cerca de 25 toneladas que encontramos e interditamos nas três unidades da empresa que importava o material, infelizmente não tem como devolver. A alternativa é contratar uma empresa especializada em incineração para que o procedimento seja feito com o mínimo de danos para o meio ambiente”, afirmou o coordenador de Emergência Ambiental do Ibama Pernambucano, Gustavo Moreira.

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A Império do Forro de Bolso alega que não tem culpa no caso. Segundo o dono da empresa, Altair Moura, ele não comprou material usado, mas sim tecidos novos com defeitos. “Mandaram mercadoria que eu não comprei”. A polícia federal investiga as acusações.

Eduardo Campos, governador de Pernambuco, criticou, na semana passada, o governo estadunidense por liberar a exportação de tal material e pediu severas punições à empresa. O que Campos buscar é manter e limpar a imagem de qualidade do Polo Têxtil do Agreste, que é responsável por produzir 60% dos jeans do Brasil.

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