Embolia pulmonar: sintomas, tratamento

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A embolia pulmonar também é conhecida como tromboembolismo pulmonar (TEP) e recentemente ganhou repercussão nacional por ter causado a morte do ator e diretor Marcos Paulo. Esclareça dúvidas a respeito do assunto, entenda como se instala esse quadro grave e conheça os sintomas e tratamento da embolia pulmonar.

Saiba mais sobre a morte de Marcos Paulo.

Esquema de TEP originada de trombos de membro inferior esquerdo. (Foto: divulgação)

Como acontece a embolia pulmonar

A TEP se inicia com a formação de um trombo, que nada mais é do que um coágulo de sangue aderido às paredes dos vasos, ocorrendo geralmente nas veias da pelve ou perna. Nesse momento, podem ocorrer duas situações:

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  1. O trombo pode evoluir de tamanho e ocluir a passagem de sangue, originando a trombose venosa;
  2. O trombo pode soltar-se, dando origem a um êmbolo que segue o fluxo venoso até o coração, de onde será bombeado para as artérias que se ramificam em vasos cada vez menores, até finalmente ocluir um dos vasos. Assim tem origem a embolia pulmonar, que pode cursar com morte súbita, dependendo do tamanho do êmbolo e da artéria envolvida.

Por que a embolia mata

Diferente da trombose, que é um processo crônico resultante de alterações que ocorrem ao longo de anos, a embolia é um quadro agudo e que afeta órgãos vitais, como pulmões, coração e cérebro. A falta de aporte sanguíneo gera isquemia que, se não for revertida a tempo, culmina com morte celular e prejuízo funcional do órgão atingido.

O tamanho do êmbolo e da artéria afetada está diretamente relacionado à extensão da região infartada, e quanto mais extenso for, mais grave será o quadro e com maior risco de sequelas importantes.

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Fatores de risco

O principal fator de risco para TEP é a trombose venosa profunda, mais comum nas veias das pernas e de onde se desprendem êmbolos que seguem diretamente para a circulação dos pulmões, cérebro e coração. Como a TEP pode ser considerada como uma complicação da trombose venosa, essas duas patologias compartilham fatores de risco, que são:

  • Obesidade;
  • Tabagismo;
  • Varizes e insuficiência venosa de membros inferiores;
  • Câncer;
  • Idade avançada;
  • Insuficiência cardíaca;
  • Síndrome nefrótica;
  • Gravidez;
  • Uso de anticoncepcional oral;
  • Reposição hormonal;
  • Uso de medicamentos como tamoxifeno ou raloxifeno;
  • Trombofilias;
  • Imobilização prolongada.
O ator e diretor Marcos Paulo foi vítima de uma embolia pulmonar. (Foto: divulgação)

Principais sintomas

Dependendo do tamanho da área afetada, os sintomas podem variar desde dor na região do tórax que piora mediante inspiração profunda, tosse seca e escarro hemoptoico, nos casos mais simples, até dispneia súbita, palpitação e aumento repentino da pressão arterial. Nos caos mais graves o paciente pode morrer rapidamente por falência cardíaca.

Tratamento

Na maioria dos casos não existe um tratamento voltado especificamente para o êmbolo, e a prioridade é estabilizar o paciente, fornecer oxigênio e controlar seus níveis pressóricos. No caso de embolias pequenas, o tratamento consiste na administração de anticoagulantes por mais ou menos seis meses, que previnem novos episódios de embolia.

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Quando a embolia é extensa, outra opção de medicamento são os trombolíticos, que destroem o êmbolo e tentam recuperar a circulação sanguínea da região atingida. Esse tipo de medicamento possui vários riscos e efeitos colaterais, dentre eles a ocorrência de sangramentos importantes, e por isso só é indicado em casos graves.

É importante esclarecer que não é possível salvar a área infartada, e o atendimento imediato é fundamental para minimizar os danos teciduais. Em situações onde continua ocorrendo trombose e embolia apesar da anticoagulação, é possível usar um filtro de veia cava, que impede trombos grandes de alcançarem o coração.

O trombo pode crescer e ocluir o vaso ou se soltar originando um êmbolo. (Foto: divulgação)

A embolia pulmonar é um problema grave, que pode acometer indivíduos de qualquer idade, está intimamente ligada à trombose venosa profunda e suas consequências e gravidade não podem ser previstas. Por isso a prevenção dos fatores de risco continua sendo a melhor opção para evitar esse problema.

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