Educação na Finlândia: uma das mais reconhecidas do mundo

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Quem vai para Finlândia esperando ver escolas com instalações exuberantes, certamente irá se frustrar. O melhor sistema de ensino do mundo, de acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), trabalha com escolas com arquitetura simples, porém, eficiente. A realidade finlandesa é bem diferente da brasileira. O país conhecido pelo futebol-arte e pelo Carnaval, disputa as últimas colocações do ranking com países como a Tunísia e Indonésia.

Ensino de qualidade não é sinônimo de tecnologia dentro das salas de aula. A receita da Finlândia é bem simples: investimentos em um currículo escolar amplo, que inclui aulas de canto e de pelo menos duas línguas estrangeiras; o segundo ingrediente do sucesso é o investimento na qualificação dos professores. Para se ter uma ideia, os magistrados devem possuir título de mestrado para dar aulas até para educação básica.

A reforma que faz com que o país colha frutos até hoje, teve inicio nos anos 70, quando o governo começou a investir na qualificação dos professores. O cenário da época era bem parecido com o que se vê no Brasil. Muitos pais colocavam seus filhos em instituições privadas de ensino, por causa da precariedade do ensino, que refletia em toda economia do país. Os finlandeses migravam para a vizinha Suécia, em busca de um futuro melhor.

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A reforma educacional fez com que as universidades do país investissem mais tempo e dinheiro nos profissionais da educação. O curso passou a ter cinco anos de duração e algumas disciplinas foram incorporadas na grade de ensino desses profissionais. Atualmente, ser professor na Finlândia não é fácil, mas não pela falta de estrutura, pelo contrário, uma vaga na universidade para essa área é super disputada. Para se ter uma ideia, somente 10% dos candidatos são aprovados para ingressar no curso. Se você perguntar para um aluno do ensino médio, o que ele quer ser “quando crescer”, a maioria lhe responderá professor. O cargo passou a ter muito prestigio social.

Outra mudança fundamental, para a melhora significativa do ensino finlandês, é a forma com que os estudantes são avaliados. O professor passou a ter mais autonomia, pois é ele que reflete sobre os resultados alcançados por seus alunos e cabe a esse profissional buscar soluções para melhorar o aprendizado dos seus alunos. O Ministério da Educação rege somente o conteúdo a ser lecionado, mas a metodologia de aula fica por conta do professor.

Anualmente, o governo da Finlândia avalia o resultado educacional, com provas de nível de avaliação aplicadas por órgãos internacionais. Com o resultado em mãos, o governo compara com os índices alcançados em anos anteriores, e os fracassos que ocorrem, eventualmente, são repassados para as escolas, que por sua vez fica incumbida de solucionar a queda de rendimento. Essa metodologia faz com que os profissionais da área da educação fiquem motivados, o que torna o ensino do país muito melhor.

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