Ecossistema de inovação brasileiro expande, mas almeja incremento

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Setor vive momento de aquecimento e aponta a necessidade de ações para o fortalecimento da cultura empreendedora no país.

O ecossistema de inovação brasileiro vive um período de aquecimento, com a formação de talentos dentro das startups, responsáveis pela criação de novos negócios que atraem cada vez mais investidores. Em meio a este processo, o setor identifica a necessidade de ações que possibilitem a expansão desse ciclo virtuoso, para o fortalecimento da cultura empreendedora no país. 

Entre janeiro e maio de 2021, o setor de inovação atingiu a máxima histórica de captação de investimentos de venture capital, direcionados às empresas ainda em estágio inicial de desenvolvimento. No total, foram 207 aportes que contabilizaram US$ 2,35 bilhões, segundo os dados do levantamento “Inside Venture Capital”, realizado pela plataforma de inovação Distrito. O valor é quase o triplo do alcançado no primeiro quadrimestre de 2020.

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Ainda de acordo com o estudo, as fintechs — empresas de tecnologia e inovação aplicadas aos serviços financeiros — são as que mais atraem o interesse dos investidores. Em seguida estão as proptechs, que atuam no mercado imobiliário; as retailtechs, que oferecem soluções para o varejo; as edtechs, direcionadas ao ensino e à aprendizagem; e as supplytechs, que desenvolvem soluções técnicas para o mercado industrial.

O setor de tecnologia e inovação nacional mostra-se promissor também em outras áreas. Por isso, os agentes apontam a importância de ações que permitam expandir o crescimento vivido agora, não só em números, mas também para outros segmentos de forma a consolidar o ecossistema.

Demandas

O estudo Ecossistema de Startups no Brasil, realizado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), identifica medidas que podem contribuir para o fortalecimento e a expansão dessa rede de empreendedorismo. As recomendações vão desde a produção de dados sobre o setor e o empoderamento dos atores até a modernização regulatória, passando pelo fomento aos investimentos.

Ainda de acordo com o BID, o suporte à formação de talentos, o incentivo aos programas de aceleração e as estratégias de conexão entre as empresas do mercado são outras ações que podem contribuir para incrementar o ecossistema de inovação. 

Fenômeno da germinação: 

Na avaliação da Wylinka, organização sem fins lucrativos que mobiliza ecossistemas de inovação a partir do conhecimento científico, o Brasil vive um processo de emergência semelhante ao ocorrido no Vale do Silício. Recursos têm sido injetados em startups que formam talentos capazes de empreender e criar novos negócios, que recebem investimentos das empresas onde foram concebidos. A companhia de mobilidade urbana 99 é apontada como um “celeiro de novas startups”.

O processo de germinação traz impactos positivos para a geração de emprego e renda, o aprimoramento da gestão de inovação tecnológica, o amadurecimento institucional do setor e os investimentos em educação para a formação de novos talentos. 

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Ainda segundo a Wylinka, há ações que podem contribuir para aumentar a germinação, como a criação de regiões que concentram startups e propiciam maior networking; a realização de hackathons para promover o trabalho colaborativo entre empreendedores e programadores; os acordos de parcerias entre empresas e centros de pesquisas; as missões de monitoramento com a participação de representantes das startups, inventores e pesquisadores; dentre outras iniciativas.

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