A presidenta Dilma Rousseff embarcou neste domingo (16), às 20h30 (horário de Brasília), para Petrória, capital da África do Sul. Ela dará início nesta segunda-feira (17) a sua viagem ao continente, visitando também, além da África do Sul, Moçambique e Angola, ambos países emergentes considerados estratégicos na região.
O objetivo da visita é aproximar o governo brasileiro de outras nações comprometidas com o combate às desigualdades sociais, interessadas em atuar de forma firme e significativa em escala global.
Os três países por onde ela passará integram o grupo Ibas, criado em 2003, no qual os principais são Índia, Brasil e África do Sul. O Ibas é constituído apenas de democracias emergentes, com a finalidade de criar uma “arquitetura internacional”, buscando maior participação nas decisões globais.
“Os principais fatores de aproximação entre os três países integrantes do Ibas estão as credenciais democráticas, a condição de nações em desenvolvimento e a capacidade comum de atuação em escala global. O grupo está, igualmente, comprometido com a execução de projetos concretos de cooperação e parceria com países de menor grau de desenvolvimento”, disse o porta-voz da Presidência da República, Rodrigo Baena.
A agenda oficial de Dilma começa apenas na terça-feira (18), com uma reunião com Jacob Zuma, presidente da África do Sul. Logo depois, ela deverá almoçar, para discussões, com os chefes de Estado do Ibas.
Durante a reunião plenária, haverá discursos da presidente Dilma, de Zuma e do premiê indiano, Manmohan Singh. Passado os discursos e debates, será feito um comunicado conjunto. Na parte da tarde, acontecerá assinaturas de atos e uma conferência com a imprensa, seguida por um jantar, às 19h no horário local (às 12h em Brasília).
Na noite de terça-feira (18), Dilma Rousseff embarca para Maputo, capital de Moçambique, onde deve assinar acordos de cooperação técnica e prestar homenagem ao primeiro presidente de Moçambique após a independência, Samora Machel, que morreu em 1986.
Na quarta-feira (19) a noite, a presidente brasileira deve realizar sua primeira visita a Angola, objetivando manter ativa a boa relação diplomática histórica com o país. Acordos nas áreas de combate ao tráfico de drogas, previdência social, geologia e minas devem ser realizados entre os governos.