O diabetes mellitus é uma doença de etiologia multifatorial que afeta várias pessoas e, em alguns casos, pode vir a se desenvolver durante o período gestacional, acarretando riscos tanto para a mulher quanto para seu bebê. Esclareça as dúvidas sobre o assunto e saiba como é feito o diagnóstico de diabetes gestacional.
Entenda melhor o que é o diabetes gestacional e saiba como tratar.
O diabetes gestacional é um problema grave que pode prejudicar tanto a mãe como o feto. (Foto: divulgação)
Sintomas de diabetes
É possível que essa doença curse com um quadro bastante inespecífico e que podem acabar passando despercebido. Normalmente os sintomas mais comuns decorrentes do estado de hiperglicemia crônica acentuada são perda de peso inexplicável, poliúria, polidipsia, polifagia e infecções recorrentes.
Consequências do diabetes
Em longo prazo, as consequências do diabetes na gravidez são decorrentes das lesões micro e mascrovasculares, capazes de resultar em disfunção ou até mesmo falência de órgãos, afetando principalmente os olhos, rins, nervos e o sistema cardiovascular.
- Consequências para a mãe
- Retinopatia diabética;
- Pré-eclâmpsia;
- Hipertensão arterial;
- Nefropatia;
- Hiperlipidemia;
- Consequências para o embrião
- Abortamento;
- Polidrâmnio;
- Macrossomia fetal;
- Anomalias congênitas (especialmente as cardíacas);
- Restrição do crescimento fetal;
- Óbito fetal.
- Consequências para o recém-nascido
- Hipoglicemia, hipocalemia e hiperbilirrubinemia;
- Parto prematuro;
- Síndrome do desconforto respiratório;
- Mortalidade perinatal.
Perda de peso inexplicável é um sinal de diabetes, mas o ganho de peso exagerado é um fator de risco. (Foto: divulgação)
Fatores de risco para o diabetes mellitus gestacional
As futuras mamães devem ficar muito atentas, pois a existência de alguns fatores requer uma investigação mais minuciosa, independente do valor obtido no teste de rastreio (glicemia de jejum). Os principais fatores de risco para o diabetes gestacional são:
- História prévia de diabetes gestacional;
- Parentes de primeiro grau portadores de diabetes;
- Portadora de síndrome do ovário policístico ou outros problemas que cursam com hiperinsulinismo;
- Grande aumento de peso durante a gestação ou paciente obesa;
- Baixa estatura (paciente menor do que 1,50 m);
- Idade superior a 35 anos;
- Uso de medicação hiperglicemiante (corticoide ou diuréticos tiazídicos);
- Antecedente de morte fetal ou neonatal, polidrâmnio ou mal-formação fetal;
- Hipertensão arterial crônica ou pré-eclâmpsia na gestação atual.
Diagnóstico do diabetes gestacional
O primeiro exame realizado no rastreio do diabetes gestacional é a dosagem da glicemia de jejum, que deve ser solicitado no início de todos os acompanhamentos pré-natais, independente da existência de fatores de risco. O resultando desse teste pode ser:
- Menor que 85mg/dL à deve-se repetir o exame na 28ª semana gestacional;
- Maior que 85mg/dL ou presença de fatores de risco à é necessário realizar outro exame, o teste oral de Tolerância à glicose (TTOG 75g).
O diagnóstico de diabetes gestacional só é feito quando duas glicemias de jejum apresentam resultado maior do que 126mg/dL ou quando dois dos três valores do TTOG 75g dão alterados.
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É essencial realizar as consultas pré-natais regularmente para fazer o rastreio do diabetes gestacional. (Foto: divulgação)
O diabetes gestacional é uma doença grave, capaz de causar importantes repercussões tanto para o feto quanto para a mãe. Por isso é fundamental realizar regularmente as consultas pré-natais e ficar atenta à presença de fatores de risco ou sintomas que possam indicar o problema, se lembrando de procurar auxílio médico para o esclarecimento de eventuais dúvidas.