A UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) resolveu transformar os restos do Titanic em patrimônio da humanidade. Desta forma, os objetos que foram retirados ilegalmente dos destroços do transatlântico podem ser confiscados.
O anúncio oficial de transformar o Titanic em um patrimônio cultural subaquático aconteceu nesta quinta-feira (5), na sede da UNESCO em Paris. Todas as explorações que comprometerem ou ameaçarem os destroços do navio serão ilegais. A iniciativa conta com o apoio dos países membros para tomar as medidas necessárias de proteção e preservação dos restos do Titanic.
Só foi possível tornar o Titanic um patrimônio em 2012 porque antes o transatlântico não tinha completado 100 anos de submersão. Com um século de história, agora os restos do navio e até mesmo os restos humanos contam com os benefícios da Convenção da Unesco, que proíbe qualquer tipo de destruição, roubo ou comércio dos vestígios do Titanic.
A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, declarou o quanto é importante proteger os destroços do transatlântico e ainda afirmou que o naufrágio está ancorado na memória da humanidade. Segundo ela, qualquer atitude que possa ameaçar o navio deve ser evitada, como o depósito de detritos e até mesmo placas comemorativas. A Convenção da Unesco vai se valer de várias medidas para conter os caçadores de tesouros que ameaçam o patrimônio subaquático.
Em defesa do Titanic, os países-membros também poderão tomar medidas para proteger o que sobrou do transatlântico. Os destroços se encontram em águas internacionais a 4 mil metros de profundidade, por isso nenhum Estado tem direito de reivindicar exclusividade ao acesso.
Titanic: 100 anos de Naufrágio
O Titanic foi um transatlântico revolucionário, construído em Belfast com a promessa de superar todos os navios de luxo da época. Ele media 270 metros de comprimento, tinha elevadores, campos de squash e piscina. Na primeira viagem, o navio partiu em direção a Nova Iorque sob o comando do Capitão Edward J. Smith.
O Titanic naufragou na sua viagem inaugural ao colidir com um iceberg, na noite de 14 de abril de 1912. O navio transportava 2.240 pessoas, mas como o número de botes era insuficiente, apenas 706 passageiros conseguiram se salvar. Na tragédia, 1.523 pessoas acabaram morrendo.
Os destroços do Titanic só foram encontrados nas profundezas do Oceano Atlântico em 1985, pelo explorador Robert Ballard.
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