Consumir menos calorias não tem relação com ter uma vida mais longa

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Uma pesquisa realizada pelo National Institute on Aging (NIA), nos Estados Unidos, comprovou que consumir menos calorias não tem relação com o fato de ter uma vida mais longa. Mesmo se a dieta alimentar tiver 30% a menos de calorias, ela não contribui com a longevidade. Os resultados do estudo foram publicados na revista científica britânica Nature na última quarta-feira (29).

O estudo da NIA envolveu 121 macacos rhesus. (Foto:Divulgação)

Dieta menos calórica não prolonga a vida, mas faz bem à saúde

Para chegar à conclusão de que uma dieta menos calórica não prolonga a vida, os pesquisadores avaliaram 121 macacos rhesus, durante 25 anos. Ao longo deste período, os animais foram submetidos a restrições de calorias. Alguns começaram a fazer refeições menos calóricas ainda na juventude, enquanto outros adotaram o hábito já quando estavam em idade avançada.

Após analisar o tempo de vida dos macacos que consumiram menores teores de calorias, os autores do trabalho não descobriram nenhuma diferença notável com relação à longevidade, considerando que a expectativa média de vida dos primatas que vivem em cativeiro é de 27 anos.

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Embora não tenha prolongado a vida dos macacos, a dieta menos calórica teve impacto positivo na saúde dos animais. Aqueles que foram tratados desde a juventude com uma alimentação controlada desenvolveram menos cânceres, diabetes e doenças cardiovasculares.

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Pesquisa do NIA contradiz estudo similar

Estudo da NIA afirma que dieta com baixo teor calórico não prolonga a vida, mas melhora a saúde. (Foto:Divulgação)

O estudo desenvolvido pelo NIA vai contra as afirmações feitas pelo curso do laboratório de Wisconsin National Primate Research Center que constatou a vida mais longa para macacos com restrições calóricas.  De acordo com Ricki Colman, um dos responsáveis pelo estudo da WNPRC, a diferença de uma pesquisa para a outra pode estar na composição do alimento dado aos macacos.

Os primatas avaliados pelo NIA foram submetidos a uma alimentação saudável, rica em vitaminas e minerais. Já os animais que estiveram sob os cuidados do WNPRC, tinham mais liberdade para escolher os alimentos, tal como acontece com os seres humanos. Ricki Colman também acredita que os fatores genéticos foram decisivos para o grupo de macacos beneficiados com a longevidade.

As pessoas que adotam uma dieta menos calórica são mais saudáveis. (Foto:Divulgação)

Os resultados das duas pesquisas foram baseados em animais, porém também podem ser aplicados em seres humanos. De modo geral, consumir menos calorias ajuda a ter uma qualidade de vida melhor ao longo do envelhecimento. As pessoas que adotam uma dieta menos calórica são beneficiadas com mudanças positivas na pressão arterial, apresentam níveis de colesterol mais saudáveis, possuem menor quantidade de gordura corporal e podem controlar os níveis de açúcar no sangue.

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