O amor sempre esteve perto de nós, seja a sua essência ou de uma forma simbólica. Desde a mais tenra idade, temos contato com livros, músicas, novelas e filmes com personagens as voltas por este sentimento tão desejado em todos os sentidos: seja amando sem ser amado, desfrutando plenamente de um amor correspondido, ou vivenciando aquilo que parece ser o fim. E como dizem que a vida imita a arte, também estamos fadados àquilo que chamamos de fossa.
A vida não é um conto de fadas. É desalentador dizer que o “felizes para sempre” não é uma regra ou que a pessoa que está ao nosso lado pode não ser a “metade da laranja”, porém certas verdades precisam ser ditas e encaradas. E claro: quando o fim chega nem sempre é tão fácil superar.
Existe um tempo para a fossa?
Pode parecer difícil, mas a verdade é que isso leva tempo. As vezes nos sentimos cobrados demais para prosseguir. Vivemos um tempo onde tudo acontece de forma muito rápida, onde exige-se que estejamos logo prontos para outra rodada e as vezes não nos sentimos bem o bastante para voltar a pista tão cedo.
A verdade é que nem sempre é fácil encarar o desfecho e não existe um tempo limite para que isso aconteça. Também não dá para evitar o sofrimento. Ele é inevitável a menos que o relacionamento tenha acabado por consenso ou que o clima estivesse tão ruim que um término fosse razão de alívio ou alegria. Isso quer dizer que este pequeno luto deve ser vivenciado.
Pode parecer estranho, mas é uma questão de sobrevivência: tentar seguir em frente de forma forçada pode ser bem pior. É preciso vivenciar a tristeza, desabafar, chorar e sofrer caso seja realmente necessário sem ter o olho pregado no relógio ou no calendário como se houvesse uma data limite. Porém, isto não é um passe livre para sofrer indefinidamente.
Não significa que você deve ficar trancado no quarto por dias, se acabando em lágrimas com alguma música ou filme triste e sem querer ver o mundo lá fora porque não vê mais sentido para a vida. Por mais que a solidão seja segura e quentinha, há um limite para tudo, especialmente na tristeza.
Qual o melhor caminho para superar?
Não existe uma fórmula certa. É justo dizer que existem muitas formas de superar. Quando olhamos para o exemplo da arte, percebemos nela alguns dos caminhos mais típicos para a superação. Há quem preencha cadernos e mais cadernos com prosas e poesia, há quem escreva e cante belas canções de fossa. São caminhos interessantes, mas como nem todos tem o dom ou propensão artística, o melhor conselho que se pode dar é o simples ato de viver a vida.
Por mais clichê que isso seja, é preciso retomar a rotina de boa vontade: estudar, trabalhar, ter o seu lazer, fazer o que gosta. Com o tempo, aquilo que parecia ser uma dor imensa acaba diminuindo. Aos poucos as coisas vão sendo deixadas onde devem estar: no caso de um relacionamento terminado, o passado.
Ficam as lembranças boas, uma cicatriz para indicar que há algo sim a se considerar, porém nada que represente um impedimento para um futuro bom. E quando menos percebemos, estamos de volta ao jogo, mas agora de forma plena e prontos para algo novo, uma nova história. Não há superação maior do que essa.
Comentários fechados
Os comentários desse post foram encerrados.