Como Lidar Com o Amor Platônico

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O amor platônico já é um velho conhecido nosso. Ele está presente desde longa data, sendo tema de romances, filmes e canções. É uma figurinha constante nas artes, tendo sido retratado com sensibilidade pelo Legião Urbana em uma de suas letras:

Eu sou apenas alguém / ou até mesmo ninguém / Talvez alguém invisível / Que admira a distância / Sem a menor esperança / De um dia tornar-me visível”.

E mais do que em obras de ficção, ele faz parte da vida de muita gente. Talvez você não conheça esse sentimento por este nome, mas é assim que costumamos chamar o que sentimos por um professor durante a infância, ou a paixonite por alguém que nem sabe de nossa existência, como aquela pessoa que só vimos uma vez ou quem sabe por aquele ator ou cantor do qual temos muitas lembranças pregadas na parede.

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Como Platão – o filósofo de quem partiu tal concepção de amor – diz, é um sentimento que se julga ser puro, idealizado onde as pessoas envolvidas não se aproximam. Não existe um envolvimento amoroso de fato, e a pessoa amada é vista como alguém perfeito. Um amor fundamentado em virtudes.

Parece bonito enquanto apreciado por meio das artes, mas para quem passa por isso não é necessariamente algo bom ou prazeroso. Como se trata de um amor onde não há aproximação, todos esses sentimentos sufocados acabam provocando algum sofrimento. Não há como comparar o amor platônico com um relacionamento à distância. Nesse caso temos um distanciamento maior do que aquelas causadas pela simples barreira física afinal trata-se de um amor unilateral. E além da carga de sofrimento comum a todo tipo de relação amorosa, pode ser que esse seja pior e faça realmente mal.

O que fazer com tanto amor? Quando tudo isso acaba? Bom, lamento informar, mas não há uma resposta precisa, nem um tempo exato. Depende de muitos fatores e muitos poréns, além do que soa descabido falar em precisão quando os sentimentos não primam pela frieza de números ou calendários. O fato é que ele tem um fim, por mais que você talvez não acredite.

O fim de um amor platônico pode acontecer da forma mais prosaica, seja para o bem ou para o mal. Depende muito de quais são as circunstâncias. Se o seu grande amor for alguém próximo as chances de uma declaração são maiores, podendo resultar em algo que possa ser concretizado: um possível final feliz. Porém, se esse não for o caso – seja por uma negativa ou pelo fato de ser realmente uma relação impossível – em algum momento isso acaba passando.

Quem carrega esse sentimento sempre tem a impressão de que ele é eterno, infinito e sufocante demais para pensar em um fim, mas ele realmente passa. Acontece da forma mais natural que se possa pensar: com o tempo. Caso seu amor platônico seja do tipo saudável, talvez mal se dê conta de que está desencanando.  Talvez ainda conserve algumas esperanças, mas aquele entusiasmo vai diminuindo, dando lugar a outras coisas, outras pessoas, novas possibilidades.

Para quem não deseja mais esses sentimentos, mas tem dificuldades em abrir mão o tempo também é o melhor remédio. Embora esse tipo de amor não carregue um sentimento partilhado, seu processo de superação pode ser muito parecido com o de uma relação comum. O processo pode ser doloroso e até render fossa, porém o remédio é o mesmo.

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Parece ser absurdo falar em tempo, mas seguir em frente é um caminho a ser trilhado. Um conselho trivial, que rendeu até dito popular, porém com eficácia comprovada. Quando menos se espera, o que parecia ser tão forte transformou-se em uma lembrança a ser partilhada com humor, ou até mesmo nostalgia. Basta ter paciência.

 

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