Com a Alta do Dólar, os preços devem subir no Natal 2011

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Com o intuito de fortalecer a indústria brasileira, o Governo Federal está aumentando, aos poucos, o preço do dólar. Desse modo, os produtos importados começam a ter os seus preços reajustados, prejudicando esse mercado no Brasil.

Por isso, a previsão é de que os preços devam subir para o Natal de 2011. Em setembro, a valorização do dólar frente ao real ficou em 19,3%. Como muitos aparelhos eletrônicos, elétricos e automóveis têm componentes fabricados no exterior, eles também sofrerão altas nos preços com essa medida governamental. Sendo assim, muitas indústrias com sedes estrangeiras estão assustadas e temem perder o mercado brasileiro.

Os principais produtos que terão os seus preços elevados por causa da alta do dólar são os vestuários, as bebidas, os ornamentos natalinos e os alimentos. Assim, o governo pretende frear um pouco a importação, principalmente de produtos chineses, pois eles prejudicam a produção nacional, que garante empregos aos brasileiros.

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Porém, o aumento da taxa de câmbio ainda não é sabido, então, os varejistas e os industriais estão preocupados por não saberem até que ponto os seus produtos irão subir. Portanto, cada comerciante deverá saber negociar com os fabricantes e com as importadoras em busca de preços menores para não perder o mercado consumidor.

Essa flutuação da taxa de câmbio prejudica bastante a formação dos preços no mercado interno porque atrapalha as negociações entre os clientes e os fornecedores em toda a cadeia de abastecimento em vários setores. Por isso, as empresas esperam angustiadamente os rumos que o governo dará à essa taxa, que não tem valor determinado para ser estabilizada.

Assim que as notícias da alta do preço do dólar começaram a ser expostas ao público em geral, as indústrias brasileiras começaram a ser procuradas pelos varejistas, porém, por enquanto, apenas para consultas para saberem se os preços dos produtos nacionais compensariam mais que os dos importados. Isso mostra a preocupação dos varejistas quanto à possibilidade das indústrias nacionais abastecerem o mercado interno e à exposição dos seus preços ao câmbio.

De acordo com o diretor superintendente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (ABIT), Fernando Pimentel, o maior impacto do dólar poderá ser sentido com maior intensidade no início de 2012, quando a coleção outono/inverno começar a ser comprada para ser revendida no varejo. Desse modo, os produtos importados perderiam fôlego e a indústria brasileira sairia ganhando.

Alguns grandes varejistas chegaram a garantir que o aumento dos preços dos fornecedores não será aceito, pois grande maioria dos produtos importados para serem vendidos no final do ano foi contratada antes dessa alta, sendo que boa parte deles já estaria até em seus depósitos.

Segundo Pimentel, muitas lojas têm uma grande margem de lucro na venda dos seus produtos e, portanto, poderão, se desejado, absorver essa alta do dólar, garantindo, mesmo assim, ganhos para os seus cofres.

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Entretanto, o varejo não será capaz de frear o repasse desse aumento por muito tempo, o que causará uma elevação dos números da inflação, pois as empresas terão que repor os seus estoques para os próximos meses.

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