A Coca-Cola é o refrigerante mais vendido do mundo, mas a sua composição tem sido motivo para diversos estudos. Recentemente o Centro para a Ciência no Interesse Público (CCIP), com sede nos Estados Unidos, publicou um estudo sobre as substâncias cancerígenas encontradas no refrigerante.
Coca-cola brasileira apresenta alto índice de 4-metilimidazole
De acordo com a entidade que realizou a pesquisa, a Coca-Cola comercializada no Brasil tem 66 vezes mais substâncias suspeitas de causar câncer do que a bebida fabricada em solo norte-americano. Para chegar aos resultados, os pesquisadores avaliaram amostras do refrigerante, recolhidas em nove países.
O estudo norte-americano encontrou quantidades alarmantes de uma substância cancerígena na fórmula da Coca-Cola, chamada de 4-metilimidazole ou 4-MI e responsável pela pigmentação da bebida. Em março de 2012, a empresa já tinha sido alertada a respeito do componente perigoso presente no seu corante de caramelo, tal como a sua principal concorrente PepsiCo.
A Coca-Cola relatou que pediu aos fornecedores que alterassem a fórmula do corante usado no processo industrial, para que os consumidores não ficassem expostos às substâncias tóxicas. Entretanto, a empresa não chegou a mencionar prazos para realizar as mudanças.
A pesquisa que avaliou amostras de Coca-Cola de diferentes países apresentou resultados surpreendentes. De acordo com as análises, a bebida comercializada na Califórnia apresenta apenas 4 microgramas de 4-MI por lata. Outro detalhe interessante é que os produtos com 30 microgramas possuem um alerta na embalagem para que o consumidor não exagere na quantidade de refrigerante ingerida.
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Variação na quantidade de substância cancerígena
Na amostra de Coca-Cola brasileira foi encontrado 267 microgramas da substância cancerígena por lata. A latinha de refrigerante vendida no Quênia registrou 177 microgramas de 4-metilimidazole, enquanto o produto adquirido em Washington apresentou 145 microgramas.
Segundo Michael Jacobson, diretor executivo do CCIP, a nova pesquisa revela que a Coca-Cola não tem mais como inventar desculpas para não eliminar totalmente a substância cancerígena da sua fórmula. A variação na quantidade de 4-MI de um país para o outro é uma forma de sustentar os argumentos.
A solicitação feita pela CCIP para proibir os níveis elevados de 4-MI na Coca-Cola está sendo avaliada pela agência de fiscalização de alimentos e remédios dos Estados Unidos (FDA). No entanto, a entidade que está avaliando o pedido não acredita que existam riscos imediatos para as pessoas que consomem o refrigerante diariamente.
O desenvolvimento de um câncer por causa do consumo de Coca-Cola só seria possível se o indivíduo consumisse 1000 latas por dia. Além do mais, a marca declarou recentemente que está trabalhando para melhorar a sua logística e adotar o novo corante de caramelo modificado globalmente.
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