Cistite: Infecção urinária

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(Imagem: Foto divulgação)

Dor, urgência para fazer xixi e incômodo na região da bexiga são alguns dos indícios de uma contaminação urinária. Cerca de 50% das mulheres, pelo menos uma vez na vida passa por essa situação.  Na maior parte das vezes, a infecção é gerada por uma bactéria presente geralmente na flora intestinal, e desse modo próximo ao ânus e no períneo (local entre ânus e vagina).

No intestino, a Escherichia coli é incapaz de causar qualquer problema, porém, quando invade a região vaginal, pode proporcionar sérios transtornos. É justamente nesta estapa, que entra a anatomia feminina. Como a vagina fica a poucos centímetros do ânus, e a uretra feminina é curta, medindo de 3 a 4 centímetros, a bactéria que está no períneo chega com facilidade na uretra, a qual é caminho para a contaminação.

A cistite, não é transimissível, isto é, a pessoa não pega de outra. Como ela é causada por uma bactéria que vive geralmente na flora intestinal, alguns fatores podem contibuir para o contágio. “Uma flora vaginal saudável, com pH ácido, ajuda a proteger a região. Se existe algum desequilíbrio nas bactérias protetoras da vagina, você fica mais suscetível à doença”, explica Fernando Almeida, professor de urologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

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Caso esteja com os sintomas dessa infecção, é importante se tratar. “Não vale o remédio da amiga nem ficar tomando analgésico. A bactéria só acaba mesmo com antibiótico”, explica Almeida. É necessário procurar um médico e fazer um exame de urina para conferir qual é a bactéria responsável pelo transtorno. Uma vez medicada, os sintomas logo desaparecem. Porém é imprescindível tomar todos os antibióticos, segundo a precrisção médica, mesmo se não quando não houver mais nenhum sintoma.

Além dos antibióticos, tomar bastante líquido também reduz a infecção, pois, a água limpa todo o sistema urinário. “Quanto mais vezes você enche e esvazia a bexiga, menor a probabilidade da bactéria se instalar”, diz Edilson Ogeda, ginecologista do Hospital Samaritano de São Paulo. Outro cuidado que o médico aconselha é urinar após ato sexual. “Se durante a atividade alguma bactéria do períneo se aproximou da uretra, um jato forte de urina ajuda a eliminar a invasora”, esclarece o ginecologista.

É importante ressaltar que, mesmo depois de curada, a doença poderá voltar, pois, como citamos no início da matéria, pela a anatomia feminina, o risco da contaminação sempre irá existir. Em todas as mulheres que sofreram com a infecção, cerca de 25% voltam a se contaminar.

“Ter até duas cistites por ano não é motivo de preocupação”, diz Luiz Estevam. No entanto existe mulheres que têm uma infecção acompanhada de outra. “No caso de recidivas frequentes, avaliamos o funcionamento do aparelho urinário da paciente para verificar se há algum problema anatômico, como uma válvula que não funciona direito”, diz Almeida.

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